Visa fecha parceria com stablecoin USDC pareada ao dólar

Stablecoin terá acesso à rede de pagamentos internacional da bandeira de cartão de crédito, com mais de 60 milhões de pontos de venda

Por Redação  /  5 de dezembro de 2020
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A Visa fechou parceria para integrar o seu sistema de pagamento com o USDC, stablecoin pareada ao dólar. Assim, a criptomoeda terá acesso a uma rede de pagamentos com mais de 60 milhões de comerciantes.

Com uma capitalização de mercado de US$ 2,9 bilhões, a USDC é uma das maiores stablecoins, concorrendo com o tether.

O acordo prevê o acesso da stablecoin à estrutura de pagamentos da Visa. Ou seja, clientes da bandeira poderão realizar pagamentos internacionais utilizando a criptomoeda.

Os valores enviados em USDC também poderão ser convertidos em outras moedas e usados no cartão de débito. Portanto, transações internacionais serão feitas com menos atrito.

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Parceria da Visa com USDC favorece a bandeira

Por outro lado, a Visa pode reduzir seus custos de transação.

“A Visa estima que cerca de US$ 120 trilhões em pagamentos são feitos anualmente utilizando cheques e transferências eletrônicas, cada uma pode custar até US$ 50, independente do tamanho da transação”, destacou a Forbes.

A parceria também permitirá que parceiros possam emitir cartões especializados no uso da USDC.

Visa quer se firmar como rede das redes

Cuy Sheffield, chefe de criptoativos da Visa, considera que a rede de cartão de créditos faz parte do ecossistema de criptomoedas.

“Nós pensamos na Visa como uma rede das redes. Redes blockchain e de stablecoins, como o USDC, são apenas redes adicionais. Então nós pensamos que há um valor significante que a Visa pode providenciar aos nossos clientes, permitindo o acesso deles aos comerciantes da rede.”

Recentemente, a Visa investiu US$ 40 milhões em uma startup de criptomoedas. E pediu patente para uma solução que vai atuar na mineração em blockchain.

A integração de stablecoins com redes de cartão de crédito é uma tendência no ambiente blockchain. Além disso, confirma uma vocação desses ativos de ser uma ponte entre o dinheiro antigo e os criptoativos.