Veja como são as transações de um mesmo token entre duas blockchains

Com o surgimento de novas redes, especialmente a Solana, cresce a necessidade de ter interoperabilidade, ou seja, poder fazer operações em diferentes ecossistemas

Por Redação  /  2 de fevereiro de 2021
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O surgimento da Solana como uma alternativa ao Ethereum pode gerar dúvidas sobre como fazer transações entre duas blockchains. Como são duas redes diferentes, é preciso ter um intermediário nessa operação, algo que sirva de ponte entre elas.

Existem diferentes projetos que atuam neste tipo de operação e fazendo a ligação entre diferentes pares de blockchains. Um deles é o Wormhole (ou “buraco de minhoca”, em tradução livre).

Essa solução foi apresentada em outubro de 2020 pela Solana com o objetivo de fazer a ponte entre ela e o Ethereum. O Wormhole é fruto de uma partecia com a start-up Certus One. Imagine, por exemplo, que o investidor tem criptoativos no padrão ERC-20 (padrão do Ethereum). Com o Wormhole, ele consegue converter esse token em um que tenha o padrão da Solana. O mesmo vale também para o caminho oposto, da Solana para o Ethereum.

Basicamente o que o Wormhole faz é travar tokens em um smart contract em uma das blockchains e, na sequência, emitir tokens correspondentes na outra blockchain. Uma vez que este novo token surge na segunda rede, é possível fazer nela o que o investidor quiser. De acordo com a Solana, este é apenas o primeiro de muitos projetos do tipo.

Carteiras também permitem transações entre duas blockchains

Talvez a forma mais famosa de operar em duas blockchains diferentes seja o WBTC, ou Wrapped Bitcoin. Similar à ponte entre Ethereum e Solana, ele também usa um contrato inteligente. Mas, neste caso, há um custodiante e o contrato trava especificamente bitcoins e gera um montante equivalente de WBTCs no Ethereum. Então, quando quiser recuperar os bitcoins originais, basta o investidor “queimar” os tokens na WBTC Factory.

Outro projeto que permite fazer transações entre duas blockchains é o Cosmos. O projeto se define como “uma rede descentralizada de blockchains independentes paralelas, cada uma alimentada por algoritmos de consenso BFT, como o consenso Tendermint”, explica a Cosmos. O algoritmo de consenso BFT (ou Bizantino de Tolerância a Falhas) é o que permite a comunicação entre as diferentes blockchains.

Além disso, carteiras digitais como a ONTO são outra opção na hora de fazer transações entre duas blockchains. De acordo com a empresa, a ONTO opera com as redes Ontology, NEO, Ethereum, Tron, Polkadot, Binance Smart Chain e Klaytn. E outras devem entrar nessa lista. Assim, “os usuários podem reunir todos os seus ativos em apenas uma única carteira, protegida por meio da identidade descentralizada alimentada pela (tecnologia) ONT ID”, diz a Ontology.

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