Tudo o que você precisa saber sobre metaverso e NFTs

Metaverso, na definição do cofundador da Paradigma Education, Felipe Sant'Ana, é quando “um substrato lúdico, em realidade virtual, se sobrepõe à realidade física”

Por Redação  /  30 de novembro de 2021
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Uma espécie de realidade virtual aumentada, que permite que as pessoas tenham uma experiência imersiva na plataforma em questão. Essa é uma definição (simplificada) de metaverso, solução que vem sendo adotada nos mais diversos segmentos, desde o Facebook (que agora é Meta e oferece aplicações para interação social simulando o ambiente virtual) até as mais diferentes ferramentas – por exemplo, uma nova plataforma (Earthly) que possibilita que organizações interajam com o ecossistema no qual estão inseridas e visualizem alternativas para quantificar a redução ou compensação de emissões de carbono.

As soluções baseadas no metaverso são as mais diversas, embora atualmente o grande destaque seja o universo dos games. Mas, a tecnologia vai muito além disso ao fornecer alternativas para problemas do mundo físico. Além disso, embora o conceito pareça novo, o metaverso tem muito pouco de novidade, de fato.

“Metaverso é a ideia de uma realidade virtual que se sobrepõe à física”, resumiu o cofundador da Paradigma Education, Felipe Sant’Ana, durante evento promovido pela ABFintechs. Segundo ele, essa tendência não é nova. “Quem não se sente desconfortável ao perder fotos em seu smartphone, arquivos importantes em seu computador ou mesmo a sua chave crypto?”, questionou, mencionando que essas são demonstrações concretas de como o universo virtual já está inserido de forma preponderante no real.

Pandemia acelerou o conceito de metaverso

Com a necessidade de isolamento social decorrente da pandemia, as aplicações de realidade virtual foram ampliadas. No universo corporativo, as reuniões (nas quais é possível interagir com os demais participantes e inclusive caminhar lado a lado em ambientes virtuais) foram a principal novidade, mas não a única.

Indústrias de vários segmentos passaram a utilizar o recurso para ganhar eficiência e reduzir custos. Um exemplo é o setor automotivo, que durante a pandemia adotou os protótipos virtuais para o desenvolvimento  de projetos no chão de fábrica.

Nas áreas de saúde e educação, o desenvolvimento também foi muito grande. Imagine alunos do curso de medicina aprendendo sobre o corpo humano à distância e cirurgias remotas, em um protótipo virtual?

Essas são algumas das aplicações mais concretas do metaverso, mas a indústria de jogos ainda é a que tem maior destaque. Em games online, o metaverso está cada vez mais presente, com o objetivo de proporcionar ao jogador a melhor experiência de imersão.

NFTs são fonte de renda no metaverso

No universo dos games que integram o metaverso, cada item obtido – um avatar, personagem ou outros recursos do jogo, como armas, roupas, terras etc – é único. Isso significa que, diferentemente dos jogos tradicionais, apenas um gamer terá a propriedade do item em questão, o que aumenta o seu valor e o torna disputado pelos demais jogadores.

Esse foi o conceito que fez com que jogos play-to-earn se tornassem uma fonte de renda para muitas pessoas. Quem tem o item, tem valor. E, para assegurar a originalidade e autenticidade deste item, os tokes não fungíveis (NFTs) foram necessários.

“Cada vez mais, as aplicações do metaverso se confundem com o mundo real. Seja por meio de games, cujos investimentos ultrapassam a casa de US$ bilhões, os quais inclusive se tornaram fonte de renda para muitos usuários, seja em função de outras aplicações, como saúde e educação, as novas ferramentas passaram a ter valor econômico e social”, disse Felipe Sant’Ana.

Segundo ele, a tendência para o metaverso é de que cada vez mais as simulações fiquem próximas à realidade, sendo difíceis de dissociar. “Temos, pela frente, um horizonte novo de modelos de negócio e formas de criar conteúdos online, que antes não eram possíveis ou factíveis”, comentou. A criatividade para novas soluções será o limite.