Como funciona o mercado imobiliário no metaverso?

Venda de terrenos virtuais já movimenta mais de US$ 100 milhões por semana e abre perspectivas para criar uma nova economia

Por Redação  /  20 de dezembro de 2021
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Já pensou em comprar um terreno virtual no metaverso, construir um imóvel nele e alugar unidades para terceiros, obtendo renda com isso? Embora pareça algo distante da realidade, já existe muita gente lucrando nessa nova economia.

Um terreno em Decentraland foi vendido por US$ 2,4 milhões. Dias depois, outra propriedade em The Sandbox, um ambiente de jogos online, foi comercializada por US$ 4,3 milhões.

Nestes mundos virtuais, é possível interagir com outras pessoas, por meio de avatares, conhecer edifícios e fazer negócios, experiências que procuram simular as interações do mercado imobiliário tradicional. Entre o final de novembro e início de dezembro, a venda de terrenos virtuais e outras propriedades, como iates de luxo digitais,  movimentou em uma semana US$ 106 milhões.

Terreno virtual é uma oportunidade de investimento?

As negociações são feitas por meio de tokens não fungíveis (NFTs), que garantem a exclusividade e autenticidade da propriedade. Além dos terrenos e itens em games, o metaverso permite a realização de conferências online, construção de casas virtuais com mobília e decoração, shoppings (nos quais podem ser feitas vendas de itens reais) e até mesmo órgãos públicos – recentemente, Barbados anunciou a abertura de sua embaixada virtual em Decentraland.

O aumento nas atividades relacionadas ao metaverso se intensificou com a decisão do Facebook, no final de outubro, de se rebatizar como “Meta”.

Na sequência, outras empresas anunciaram iniciativas semelhantes. O Baidu, concorrente do Google, informou que terá um metaverso próprio a partir de uma plataforma chamada Land of Hope, programada para lançamento em 27 de dezembro. A plataforma será um local virtual para a realização da conferência de três dias de desenvolvedores de inteligência artificial da companhia, mas com possibilidade de reunir 100 mil participantes simultâneos.

A empresa de gestão de criptoativos Grayscale divulgou em novembro um relatório sobre o tema, estima que o metaverso é “uma oportunidade de receita de US$ 1 trilhão”. Segundo o estudo, a receita gerada a partir de mundos virtuais pode crescer e atingir US$ 400 bilhões em 2025.