Terceiro trimestre tem ICOs em baixa e STOs em alta. Entenda

Estudo da ICORating mostrou captação de US$ 1,82 bilhão em novos ICOs no terceiro trimestre. Security tokens ganham espaço, saiba por que

Por Redação  /  2 de janeiro de 2019
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O relatório ICO Market Research Q3 2018 mostrou uma queda abrupta nos recursos levantados por ICOs mundialmente. Ao todo, foram captados US$ 1,82 bilhão, ante US$ 8,4 bilhões no trimestre anterior, segundo a agência ICORating.

O estudo cita algumas razões para a queda. Entre elas estão um sentimento de decepção que ICOs tradicionais, regulação e queda no valor das criptomoedas.

À respeito dos ICOS, a decepção é com projetos usados como meio de financiamento de risco. Isso seria causado pelos baixos retornos, falta de transparência e uma tendência geral de baixa no mercado. Além disso, mostra o aumento da maturidade do mercado, já que investidores estão se mostrando mais prudentes.

Adicionalmente, o estudo cita a falta de novas ideias dos times de projeto e ritmo lento de implementação da blockchain no mercado tradicional.

STOs vs ICOs

O problema-chave citado pelo estudo é que um grande número de projetos são scams. Além disso, alguns tokens vendidos são na verdade títulos, o que contraria as regras da SEC. Isso porque em julho de 2017 a SEC publicou um relatório dizendo que a maioria dos tokens deveriam ser classificados como securities. Portanto, eles estariam sujeitos à regulação. Em razão disso, cresceram o número de ofertas de secuty tokens (STOs).

Similarmente, o relatório aponta os STOs como um jeito mais inteligente de captar recursos do que os ICOs tradicionais. Isso porque eles resolvem problemas como falta de transparência, território desconhecido da regulação e a própria falta de regulação. Diante disso, a ICORating espera um crescimento desse tipo de oferta no quarto trimestre.

Outros dados do estudo

  • O número de projetos de oferta de tokens de serviços cresceu, enquanto o de utility tokens caiu.
  • Serviços financeiros são os com mais projetos
  • A Europa sediou 43% dos lançamentos
  • O retorno médio de tokens foi de 22%