As tecnologias que dão vida às criptomoedas parecem pertencer a um mundo geek, acessíveis apenas a gênios nerds. Contudo, algumas questões técnicas são mais simples do que aparentam e podem ser compreendidas por qualquer pessoa interessada no assunto. Veremos alguns conceitos básicos envolvidos.
Qual a importância do hashing?
As criptomoedas utilizam constantemente uma técnica de criptografia chamada de hashing. Essa técnica matemática permite gerar uma combinação única de caracteres para cada informação gerada. Por isso, esta combinação servirá como chave para identificar um grupo de informações específicas. Por exemplo, seria possível gerar um hash para cada página de um livro, já que sabemos que o conteúdo de cada página será diferente entre si. Por isso, cada bloco da blockchain possui um hash identificador, pois cada informação será diferente entre si.
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É possível verificar na prática a criação do hashing em sites de demonstração, como o MD5 Hash Generator.
Como funciona uma blockchain?
A partir do momento em que sabemos o que é hashing, fica fácil de entender como funciona uma blockchain. Cada bloco contém três informações, sendo estas o hash atual, o hash do bloco anterior e uma numeração específica. Em cada bloco são registradas diversas transações que também terão como um identificador um hash. Alguns sites lêem em tempo real os blocos minerados e oferecem uma interface amigável para navegar na blockchain de moedas como bitcoin e ethereum.
Conhecer a lógica básica do funcionamento de uma blockchain é importante para os futuros profissionais de tecnologia. Por isso, comunidades como a Cardano têm realizado palestras em universidade, qualificando os futuros profissionais desde cedo.
Marcus Vinícius, evangelista da Cardano no Brasil, dando palestra para alunos e professores da UEZO (Divulgação: Facebook do Marcus Vinícius)
O site Anders oferece uma interface para criar uma blockchain de forma didática. O site também possui outros materiais didáticos sobre o assunto.
O que são os smart contracts?
Em determinado momento os desenvolvedores de criptomoedas pensaram na possibilidade de registrar códigos de computador na blockchain. Para aqueles que não são da área de informática pode parecer não ter nenhuma vantagem nisso. Contudo, diversas fraudes ocorrem por manipulação no código de sistemas relacionados ao negócio. Os smart contracts são códigos de computador que são armazenados e executados pelas blockchains. Desta forma, não é possível manipulá-los, além de serem públicos, facilitando processos de auditoria. No entanto, nem todas as criptomoedas têm a capacidade de executar estes códigos. Entre as principais a possuir esta capacidade estão a ethereum, eos e decred. Os smart contracts possibilitam a criação dos tokens utilizados em diversos negócios atualmente.
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A Coindesk publicou um artigo onde explica de forma didática o funcionamento dos smart contracts.
Uma tecnologia que veio para ficar
O surgimento das criptomoedas trouxe ao mundo uma nova tecnologia e um novo modelo financeiro. Ambos vieram para ficar, independentemente do sucesso do bitcoin e outras criptomoedas. Cada vez mais instituições tradicionais têm aderido a essa nova tecnologia como forma de melhorar o seu negócio. Por outro lado, a demanda por profissionais que dominem essas tecnologias têm crescido em uma velocidade impressionante. Até mesmo os smartphones já estão começando a ser desenvolvidos de forma adaptada à estas novas tecnologias. Em um futuro não tão distante, o conhecimento básico sobre estas tecnologias será obrigatório tanto para profissionais de tecnologia como para os da área financeira.
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