Stellar: rede criada para transações rápidas e baratas

Com o propósito de trazer agilidade às transações e com taxas bastante baixas, a Stellar vem se destacando nas remessas e transações internacionais

Por Redação  /  26 de julho de 2021
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Lançada em julho de 2014 pelo mesmo criador do projeto Ripple, Jed McCaleb, a Stellar é uma rede aberta que permite a movimentação e o armazenamento de dinheiro. Ao ser criada, seu objetivo principal era impulsionar a inclusão financeira de pessoas sem acesso bancário. No entanto, a ideia evoluiu e, hoje, o foco principal da plataforma é ajudar na conexão de empresas, por meio da tecnologia blockchain.

A  plataforma tem se mostrado uma solução interessante, especialmente, para viabilizar operações internacionais. Afinal, ela promove maior agilidade, com taxas inferiores às praticadas pelas instituições bancárias tradicionais.

Se você quer conhecer as facilidades dessa rede e suas vantagens, vale a pena conferir o que é Stellar, como ela funciona e qual a sua moeda.

O que é Stellar?

A Stellar pode ser definida como uma plataforma de pagamentos e remessas internacionais, que utiliza a tecnologia blockchain – a qual garante a segurança e a transparência de todas as operações. O maior benefício para os usuários são as taxas reduzidas e a agilidade das transações.

Apenas para se ter ideia, cada transação na rede custa apenas 0,00001 Lumens (XLM), que é o token nativo da rede Stellar. Com código aberto, a plataforma permite a realização de milhares de transações por segundo (com taxas individuais entre 3 e 5 segundos), sem elevação de custos, independentemente de diferenças cambiais.

Qual é a moeda Stellar?

A moeda da plataforma Stellar é o Lumens (XLM), que funciona como elo de ligação entre o dinheiro fiduciário e outras criptomoedas. Para utilizar a rede e ter os benefícios das baixas taxas, cada usuário precisa ter ao menos 1 XLM.

No momento em que essa matéria foi escrita, em 19 de julho, cada unidade da moeda XLM estava cotada em US$ 0,21, de acordo com a CoinMarketCap. Na mesma data, a plataforma Stellar aparecia em 19º lugar no ranking das principais criptomoedas.

É possível minerar Lumens?

Apesar de não ser possível minerar Lumens, novos tokens são colocados em circulação a uma taxa constante, para preservar o ecossistema. Quando a rede foi criada, foram emitidos 100 bilhões de XLM, mas no momento o fornecimento total é de 50 bilhões, com 20,7 bilhões em circulação. A redução aconteceu porque, em 2019, a Stellar Development Foundation anunciou que estava queimando mais da metade do estoque da criptomoeda.

O método escolhido por ela para inserção de novos Lumens no mercado é um processo conhecido como staking, ou Proof of Stake (PoS). Assim, quem tem o token consegue validar transações, sendo recompensado por isso com as unidades XLM.

O que diferencia a rede?

Além da baixa taxa de transação, poucos projetos de blockchain conseguiram realizar parcerias com as grandes empresas de tecnologia e fintechs. Mas, há alguns anos, a Stellar e a IBM se uniram para lançar o World Wire, um projeto que permite que grandes instituições financeiras enviem ativos para a rede Stellar e realizem transações utilizando stablecoins.

Além disso, a rede permite que seus usuários votem em quais projetos devem receber subsídios para alimentar o ecossistema crypto.

Outro detalhe que a diferencia é o protocolo de consenso e validação. Enquanto outras plataformas utilizam recursos já conhecidos, como prova de trabalho ou de participação, a Stellar desenvolveu sua própria solução.

Vale destacar que para que a plataforma cumpra o seu papel de integrar o ambiente físico e o meio digital, existe o apoio de instituições financeiras conhecidas como âncoras, que podem ser fintechs ou mesmo bancos tradicionais.

Quem criou a Stellar?

Jed McCaleb fundou Stellar em parceria com a advogada Joyce Kim, após deixar a Ripple em 2013. Em setembro de 2020, ao explicar a lógica por trás da Stellar, McCaleb disse à CoinMarketCap que “todo o projeto original da Stellar é para que você tenha moedas fiat e outras formas de valor trabalhando em paralelo entre si e com criptoativos.”

McCaleb atualmente é o CTO da Stellar, além de cofundador da Stellar Development Foundation, organização sem fins lucrativos que visa “desbloquear o potencial econômico do mundo, tornando o dinheiro mais fluido, os mercados mais abertos e as pessoas mais empoderadas.”

A Stellar é segura?

A rede é protegida pelo Protocolo de Consenso Stellar. Por meio dele, qualquer pessoa pode se juntar ao processo para atingir o consenso, mas nenhuma entidade isolada pode deter a maioria do poder de decisão. Além disso, não há nenhum ataque registrado contra a plataforma.

Quais instituições utilizam a Stellar?

Além da IBM, que contribuiu para a credibilidade do Lumens, o sistema instantâneo de micropagamentos online Satoshi Pay e a Saldo, empresa que permite que migrantes enviem recursos para seus países de origem, utilizam a Stellar.

Onde comprar a moeda XLM?

A XLM está listada nas principais corretoras — incluindo Binance, Coinbase, Kraken, Bittrex, Bitfinex, Upbit e Huobi.


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