Como seria a economia mundial se as moedas nacionais ainda fossem lastreadas pelo ouro? Ainda que haja muitos defensores dessa ideia, isso provavelmente não voltará a acontecer. No entanto, está surgindo um movimento semelhante, dessa vez com as stablecoins pareadas ao ouro, aponta um relatório do CryptoResearch.Report.
A ideia de quem apoia esse movimento é aproveitar o melhor de dois mundos. Primeiro, uma stablecoin pareada ao ouro não sofre a volatilidade das criptomoedas descentralizadas como o bitcoin. Segundo, seria uma representação digital imutável do ouro. Além disso, bitcoin e ouro são vistos como uma reserva de valor, com diversas características semelhantes.
O fato é que a hegemonia do dólar vem sofrendo crescente pressão da China e da Rússia, assim como a dívida nacional dos EUA atinge novos recordes. Diante desse cenário, não seria surpresa se, ao invés de retornar ao padrão-ouro, o século 21 venha a testemunhar o surgimento de um padrão ouro envolvendo uma criptomoeda lastreada nesse metal precioso, aponta o documento.
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Stablecoins de ouro ainda são promessas otimistas
No entanto, segundo o documento, é provável que essa seja uma promessa otimista. Por várias décadas, países ao redor do mundo tentaram atrelar suas taxas de câmbio a outras moedas estáveis. Porém, nenhuma dessas tentativas durou em a longo prazo.
Ainda que stablecoins pareadas ao ouro sejam semelhantes aos ETFs de ouro, existem algumas diferenças. Por exemplo, não existem exchanges licenciadas para vender ETFs de ouro tokenizados. Além disso, investidores têm que tomar medidas para proteger suas chaves privadas e ficarão sujeitas a taxas de transação crescentes.
Atualmente existem aproximadamente 50 criptomoedas pareadas ao ouro. Criptomoedas lastreadas em ouro são consideradas “moedas lastreadas fora da cadeia”, por que elas geram valor a partir do depósito de ouro, certificados de ouro e outros valores mobiliários relacionados ao ouro.
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