No início de agosto, a bolsa de valores de Seychelles se tornou a primeira no mundo a listar um título tokenizado para negociação. A MERJ é licenciada pela Autoridade de Serviços Financeiros do país do Oceano Índico como uma bolsa de títulos, agência de compensação e depósito de valores mobiliários (CSD) e está lançando o token para representar seu próprio patrimônio.
De acordo com CEO da MERJ, Edmond Tuohy, a bolsa incrementou totalmente seu ecossistema de ponta a ponta para entregar o primeiro token de títulos do mundo listado publicamente.
“Estamos combinando o melhor do mundo antigo e do novo para fornecer uma peça-chave da infraestrutura que falta para o crescimento dos ativos digitais”.
Ele explica que a bolsa trabalha há três anos com os reguladores para criar uma estrutura robusta e compatível para os emissores que desejam aproveitar os benefícios da tecnologia de contabilidade distribuída (DLT) em um ambiente listado publicamente. “Independentemente de estarem emitindo ações tradicionais ou com tokens, as empresas não vão querer ir para uma jurisdição que não atenda aos padrões internacionais porque atrairá um maior escrutínio dos reguladores globais”, disse Tuohy.
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Como funciona o token da Bolsa de Seychelles?
A bolsa está usando a blockchain da Ethereum para registrar a propriedade do registro de ações. Assim, a companhia afirma que, atualmente, essa é a melhor opção para o suporte de seus tokens. O ativo leva o símbolo “MERJ-S” e estava sendo negociado no momento em que essa matéria foi publicada a US$ 2,42, com um valor de mercado declarado de US$ 21 milhões.
A MERJ declarou ainda que seguirá a listagem, oferecendo 16% das ações tokenizadas em uma oferta pública no final de 2019. A bolsa também está em discussão com “várias empresas” sobre a possibilidade de listar as ações tokenizadas em outras plataformas.
Além disso, de acordo com informações do CoinDesk, futuramente, a MERJ também pretende novas ações. Uma delas prevê cortar custos para investidores e emissores usando a tecnologia blockchain para agilizar uma série de processos de mercados de títulos. Isso incluiria emissão, registros de acionistas, conformidade, distribuição e votação.
“A tecnologia cria um ponto de acesso ao mercado de capitais, que é particularmente adequado para os ecossistemas de ‘primeiros móveis’ em muitos mercados emergentes”, disse a companhia.
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