Agência sul coreana articula relações entre bancos e exchanges

Comissão de Serviços Financeiros do país está intermediando relações entre as instituições de forma a manter o mercado funcionando

Por Redação  /  16 de fevereiro de 2019
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A Comissão de Serviços Financeiros (FSC, em inglês) da Coreia do Sul está atuando na relação entre bancos e exchanges. Recentemente, o comissário Choi Jong-Ku afirmou que as exchanges do país podem obter contas virtuais com os bancos. No entanto, a condição a ser obedecida é que as exchanges devem estar de acordo com as políticas de KYC e AML.

Com as contas virtuais, os clientes das exchanges são capazes de depositar e sacar South Korea won (moeda local). Esse tipo de conta oferece maior segurança aos investidores e permite às exchanges focar no trading de criptoativos. No entanto, algumas das maiores corretoras coreanas, como a Bithumb, estavam entrando em conflito com os bancos. Por isso, a South Korea Blockchain Association agiu de forma a assegurar o direito dessas empresas. Agora, a FSC ajuda a intermediar a interação fiscalizando ambas as partes.

“Não existe nenhum problema em bancos fornecerem contas bancárias virtuais para trocas de criptomoedas. Se as plataformas de negociação de ativos digitais possuem sistemas KYC e AML, não há problema em emitir contas bancárias virtuais para as exchanges”afirmou o comissário Choi, segundo matéria publicada pelo portal CCN.

A aproximação da Coreia do Sul com o mundo cripto

A Coreia do Sul tem se mostrado um dos países mais entusiastas em relação ao mundo crypto. Recentemente, o prefeito de Seul visitou o Crypto Valley para buscar possíveis inovações a serem aplicadas em sua cidade. Além disso, o país promoveu um debate nacional sobre o mercado crypto unindo a Assembleia Nacional e membros do Congresso.

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A ação da Comissão de Serviços Financeiros é fundamental para que não ocorra conflitos como os ocorridos no Brasil. Um país que deseja estruturar o seu mercado financeiro precisa fiscalizar ambos os lados e promover a livre concorrência. Com essa relação bem estabelecida, quem sai ganhando são os investidores que contam com uma oferta mais diversificada. Por isso, é necessário que outros países, e principalmente o Brasil, sigam o exemplo do mercado sul coreanos.


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