Relação entre fãs e NFTs: entenda

Pela característica de exclusividade, os NFTs têm sido cada vez mais utilizados por artistas para a entrega de obras personalizadas e inéditas aos fãs

Por Redação  /  30 de março de 2021
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Qual é a lógica de um NFT (ou tokens não fungíveis)? O fato de serem versões inéditas e exclusivas faz com que o seu valor aumente, especialmente nos casos em que um admirador da obra (ou colecionador) tem interesse nessa característica ou enxerga nela um potencial de valorização. É como poder ter a propriedade de uma obra exposta em um museu como o Louvre. Fãs e NFTs têm interesses comuns.

Isso porque a criptografia e os registros baseados em blockchain garantem peças únicas. Daí o interesse de empresas da área de entretenimento, atletas e artistas, e a incrível valorização do ativo digital em tais segmentos. Aliás, é por essa razão que o mercado de NFTs tem atraído tanta atenção.

Por que os NFTs parecem melhores para os seus autores?

Além de remover a figura do intermediário entre o autor e o consumidor, a lógica da blockchain é que, quando uma pessoa compra um NFT, o ativo pode ser totalmente controlado por ela.

Assim, o fã que deseja uma obra autêntica e exclusiva tem a oportunidade de adquiri-la em NFT. Além disso, se a peça se valorizar no futuro, o proprietário poderá negociá-la novamente, percebendo lucros.

Para artistas, empresas de entretenimento, e-jogos ou atletas, essa possibilidade de rentabilizar a marca é não apenas interessante, mas também muito viável – até porque é possível “fatiar” as obras e vender algumas partes, oferecendo para alguns fãs produtos originais, com preços melhor valorizados.

Para quem vende, o custo de produção do NFT é muito interessante ou quase zero. Porém, do ponto de vista do consumidor, os NFTs ainda devem evoluir e é provável que surjam produtos criptográficos com menor valor.

Tese dos mil fãs

Já ouviu falar da tese dos “mil fãs verdadeiros”? O conceito veio de um artigo de Kevin Kelly, que se tornou bastante conhecido no ambiente de marketing, destacando que para conseguir monetizar a sua arte (ou o seu trabalho) ninguém precisa de milhões de reais, ou milhões de oportunidades, milhões de clientes nem milhões de fãs.

Para tanto, basta ter mil fãs verdadeiros, também conhecidos como super fãs. Esses apoiadores, segundo o conceito, podem não apenas contribuir para a renda do autor ou produtor em questão, mas também para disseminar informações sobre o negócio, propósitos ou resultados.

Ou seja, esses fãs são essenciais para que o negócio sobreviva. E isso faz ainda mais sentido quando pensamos em NFTs, que são edições limitadas, restritas a colecionadores (fãs), que podem garantir a perenidade da marca.