Rede de streaming descentralizada remunera produtores e espectadores

Blockchain da Theta busca fazer a desintermediação entre produtores e espectadores no mercado de streaming, remunerando ambos por meio de um token nativo

Por Redação  /  28 de junho de 2020
© - Shutterstock

Um protocolo de código aberto que alimenta uma rede de streaming descentralizada – diferentemente das redes atuais, como o Youtube, que são centralizadas. E que permite o desenvolvimento de aplicativos descentralizados (DApps) para habilitar streaming diversos, sobretudo e-sports e entretenimento. Assim é a blockchain da Theta, uma empresa que chamou a atenção do mercado recentemente, após ter anunciado parcerias com a Samsung e Google e ver uma valorização de quase 1.000% do token homônimo, que alimenta a plataforma.

O Theta.tv foi o primeiro aplicativo criado na rede Theta. Essencialmente, é uma rede concorrente da Twitch, na qual usuários fazem streaming de jogos de PC ou videogames. A diferença é que tanto os produtores de conteúdo quanto os espectadores podem ser remunerados nessa rede. Os espectadores são pagos em tokens TFuel por assistirem ou compartilharem banda para transmissão de streaming. Com a retirada de intermediários, os criadores de conteúdo podem receber mais pelas suas transmissões do que receberiam em plataformas com grandes intermediários.

A valorização do token Theta coincidiu justamente com o período que o bitcoin mais sangrou nos mercados internacionais, quando o mundo se deu conta da pandemia de coronavírus. E possivelmente esteve ligada a uma percepção de que com mais tempo em casa, as pessoas passariam a utilizar mais esse tipo de plataforma. O token Theta tem uma boa liquidez, sendo listado em 14 exchanges, incluindo gigantes como a Binance e a Huobi. Ao todo, a criptomoeda tem 30 pares de negociação nessas exchanges. Atualmente, o Theta é a 42ª moeda em capitalização de mercado, com US$ 202 milhões, segundo o Coinmarketcap.

Token Theta está limitado a um bilhão de unidades

A criptomoeda Theta está limitada a um bilhão de unidades. Portanto, de certa maneira, ela replica a escassez do bitcoin. Os tokens podem ser mantidos em qualquer carteira no padrão ERC-20. A equipe fundadora tem mais de 30 anos de experiência combinada no espaço de streaming de vídeo. E tem como consultores Steve Chen, co-fundador do YouTube e Justin Kan, co-fundador da plataforma de streaming de games Twitch.

A blockchain da Theta passou por um fork em maio e deu origem à Mainnet 2.0. E anunciou que o Google Cloud — plataforma de computação em nuvem do Google — será um dos nodes corporativos da Mainnet 2.0. A Theta.tv também estará disponível no Samsung Galaxy. As streams serão incorporadas na interface do Samsung Daily, pré-instalada em todos os novos smartphones Samsung Galaxy S20 nos Estados Unidos.

Desintermediação também na privacidade da rede

A tecnologia blockchain já está atuando como um agente de desintermediação em outras áreas. Uma plataforma baseada nessa tecnologia funciona como uma camada de privacidade na Internet, chamada de mixnet. Desenvolvida pela startup suíça Nym, ela promete defender indivíduos dessa vigilância constante na Internet. Ela faz isso ao esconder os chamados metadados do tráfego na rede numa blockchain com um sistema de recompensa semelhante ao do bitcoin, o que garante o financiamento do projeto.


Tags