Potencial do bitcoin segue inabalado em meio à crise

Negociado na faixa dos US$ 10 mil, bitcoin tem mostrado resiliência diante da crise do coronavírus e funcionado como ativo de proteção

Por Redação  /  11 de maio de 2020
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O potencial de valorização do bitcoin segue inabalado mesmo em meio à crise desencadeada pelo coronavírus, afirmou o diretor da Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto), Safiri Felix, à Veja.

“Em um contexto onde os Bancos Centrais ao redor do mundo já estão usando todo seu arsenal de medidas para injetar liquidez e acalmar os mercados, é fundamental buscar diversificação em ativos anticíclicos, tornando vital a busca por exposição em instrumentos cuja oferta não se altera com influência do afrouxamento monetário”, pontuou.

A matéria afirma que antes da pandemia do novo coronavírus, o mercado trabalhava com a expectativa de uma forte valorização do bitcoin, na esteira das altas de 100% em 2019 e do início de ano promissor. Mas, em meados de março, a moeda virtual chegou a desvalorizar 50%, com venda generalizada de ativos de risco e a corrida por liquidez provocada pela covid-19.

Atualmente o bitcoin vem sendo negociado na faixa dos US$ 10 mil. Os investidores aguardam o halving do bitcoin, que reduzirá pela metade a emissão de novas unidades da moeda virtual. O halving de maio é  o terceiro e chega cercado de expectativas em relação ao comportamento do preço.

Potencial do bitcoin está na tese da Transfero

O halving é um dos elementos que embasa a tese especial de investimentos da Transfero Swiss de que os criptoativos serão os de melhor desempenho no biênio atual. Primeiramente, em razão da injeção de liquidez dos bancos centrais na economia e no inchaço do preço dos ativos provocados por essa medida. Segundo, pela depressão econômica antecipada pela pandemia de Covid-19, que deve levar a mais injeção de liquidez. Isso tudo ainda traz o risco no longo prazo de o dólar perder seu papel de reserva global de valor. No Brasil, o aumento de gastos públicos e a elevação da dívida interna deve afugentar o investidor e provocar desvalorização do real.

Nesse contexto, o bitcoin, sendo ativo deflacionário pode ganhar tração como reserva de valor e proteção de patrimônio. De acordo com alguns modelos de precificação, a criptomoeda pode buscar um patamar de US$ 80 mil a US$ 150 mil após o halving.


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