O que está por trás do sucesso do token de governança Compound

Ativo lidera rankings de finanças descentralizadas e permite opinar em votações da empresa

Por Redação  /  15 de agosto de 2020
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O token de governança da Compound só precisou de um dia sendo negociado para liderar os rankings de finanças descentralizadas. E, apesar das oscilações, ele continua no topo. Para Vadim Koleoshkin, diretor de operações da Zerion, uma empresa fornecedora de interface de DeFi (ou finança descentralizada), o sucesso se explica pelo interesse dos investidores em um novo tipo de investimento. E esse novo diz respeito ao rendimento oferecido pela Compound.

Um token de governança dá a seus detentores o direito a opinar em votações da empresa. Desta forma, é promovida a descentralização das decisões sobre a plataforma. A tecnologia se encaixa, portanto, no movimento DeFi. Este, por sua vez, é definido pela revista Forbes como a ideia de que os empreendedores da área de ativos digitais “podem recriar instrumentos financeiros tradicionais em uma arquitetura descentralizada, fora do controle de empresas e governos”.

Preço do token de governança pode recuar

Analisando o sucesso do token de governança da Compound, o diretor da Zerion acredita que o COMP “é mais legal porque é programável”. E, apesar de tokens não oferecerem pagamento de yield, Koleoshkin ressalta, em conversa com a Cointelegraph, que eles garantem a possibilidade de participar nas decisões da empresa, o que pode ser valioso. Une-se a isso, ainda, o fato de a Compound ter sido uma das primeiras empresas da Web 3.0 a abrir capital.

Koleoshkin faz uma ressalva, entretanto: o sucesso do COMP não quer dizer que o preço manterá trajetória de alta. Ele afirma que a distribuição mais ampla, “o mercado vai determinar um preço justo por ele”.

O que é oferecido pela Compound?

Assim como bancos permitem depositar dinheiro que renderá juros, o Compound possibilita algo similar, mas com criptomoedas. O rendimento virá dos empréstimos feitos a outros usuários, que pegam capital emprestado e pagam juros por isso. Contudo, há duas diferenças.

A primeira é que os protocolos gerados quando o depósito é feito podem ser usados como colateral de um empréstimo, e continuam rendendo juros mesmo que sejam gastos. Já a segunda diferença é que os juros de cada contrato são ditados pela relação entre oferta e demanda. Assim, se a proporção de pessoas interessadas em um empréstimo crescer em relação à base de quem oferta os recursos, os juros crescerão. A ideia é, com isso, atrair mais usuários interessados em disponibilizar capital.


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