Perspectivas do bitcoin em 2021: CEOs compartilham suas visões

Quais são as perspectivas para o bitcoin e o mercado de ativos digitais em 2021? Conversamos com CEOs do segmento para obter a resposta

Por Redação  /  4 de janeiro de 2021
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Quais são as perspectivas para o bitcoin e o mercado de ativos digitais em 2021? Para obter essa resposta, o PanoramaCrypto conversou com algumas das maiores autoridades em criptomoedas no Brasil e compilou as respostas abaixo. Entre elas, está o CEO da Transfero, Thiago Cesar, o único brasileiro na lista dos 30 mais influentes em blockchain e crypto, segundo ranking do analista Edward Moon. Mas ouvimos também o CEO da Foxbit, João Canhada e o do Alterbank, Vinícius Frias.

Preço vai se estabilizar em novo patamar e acima

Para o CEO da Transfero, Thiago Cesar, o bitcoin, depois de atingir sua alta histórica, pode sofrer algumas correções, mas não deve voltar mais ao patamar de US$ 10 mil. “Um novo patamar na casa de US$ 15 mil a US$ 20 mil deve ser uma realidade ao longo de 2021, mas a tendência é de alta. Como dizem, quando o bitcoin cai, ele cai para cima.”, brinca.

Thiago Cesar

E dá a fórmula para quem quiser aproveitar esse movimento. “Quem tem interesse em comprar, deve usar a estratégia do preço médio. Ou seja, comprar um pouco a cada semana ou a cada mês para capturar melhores momentos de entrada. Mas em razão das premissas matemáticas do bitcoin, no longo prazo, a tendência é de alta. ”

Investidores institucionais vão dar o tom do mercado

Thiago Cesar também vê uma maior entrada de investidores institucionais no mercado, superando o que já ocorreu em 2020. “Esse ano foi marcado pela entrada da Microstrategy e alguns fundos do Paul Tudor Jones no mercado. Ou seja, cada vez mais o bitcoin está deixando de ser tabu e virando mainstream. Com isso, o preço deve subir para o patamar de US$ 25 mil a US$ 30 mil no fim de 2021.”

Perspectivas do bitcoin em 2021: ano de teste para o DeFi

Para Cesar, 2021 será um ano de teste nas plataformas de DeFi que nasceram em 2020, entre elas a Compound, Yearn Finance, Aave, Chainlink e outras. “Todas essas plataformas vão passar pelo teste da massificação. Também é o ano para a estrutura do DeFi, que é o Ethereum, amadurecer para o 2.0. Então será importante ficar de olho nessa corrida entre os protocolos de DeFi que mais conseguirem se consolidar e trazer casos de usos para os usuários.”, incentiva.

Políticas dos bancos centrais ditam o aumento do interesse por bitcoin

A emissão de dinheiro dos bancos centrais para socorrerem as suas economias também influenciarão o mercado em 2021. “As políticas de emissões desenfreadas de dinheiro dos bancos centrais tendem a fazer com  que o bitcoin se valorize porque mais indivíduos e empresas vão buscar o ativo como uma reserva de valor livre dessas intervenções. O número de dólares já emitidos na história já ultrapassou todos os limites pensáveis de quanto os EUA podem cobrir dessa dívida”, previne Cesar.

Mercado brasileiro entra em ponto de inflexão

Vinicius Frias

Para Vinicius Frias, CEO do Alterbank, o mercado brasileiro vai entrar em ponto de inflexão interessante, por alguns motivos: players estrangeiros de relevância entrando na competição do mercado local; amadurecimento das empresas brasileiras, onde algumas estão bem capitalizadas e com ótimos profissionais, e venture capital olhando para as empresas blockchain e crypto e entendendo que há um grande mercado a ser construído.

“Para 2021, a tendência é que aconteça mais adesão/exposição de players institucionais ao mercado crypto, elevando seu valor de mercado a patamares ainda não testados desde 2017, em um ambiente muito mais maduro do que era aquela época”, afirma Frias.

Novos gigantes e bilionários no bitcoin entre as perspectivas para 2021

João Canhada

De acordo com o CEO da exchange brasileira Foxbit, João Canhada, a perspectiva para 2021 são de novos gigantes, como alguns bilionários e grandes empresas fizeram esse ano, anunciarem que estão trabalhando com bitcoin, ou adquirindo a moeda, posicionando ainda mais esse ativo como reserva de valor. “Isso definitivamente vai trazer impactos no preço, nos últimos halvings (quando a oferta é cortada pela metade) sempre no ano seguinte bitcoin teve alta histórica de preços superando em até dez vezes os topos anteriores. Se isso ocorrer veremos bitcoin a US$ 200 mil ainda em 2021.”, prevê.


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