Parceria viabiliza tokens sintéticos para brasileiros

BRZ Token fecha parceria com a FTX, exchange sediada em Hong Kong, para dar aos investidores brasileiros acesso aos tokens sintéticos da plataforma através da stablecoin brasileira

Por Redação  /  15 de maio de 2020
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O BRZ Token fechou uma parceria com a exchange internacional FTX, sediada em Hong Kong, para dar ao investidor brasileiro acesso aos produtos crypto da empresa. Entre eles, estão pares spot e perpétuos de mais de 30 criptomoedas, até então não disponíveis nas exchanges que atuam no Brasil. A parceria permite que os investidores operem na plataforma com o BRZ, stablecoin pareada 1:1 com o real brasileiro, oferecendo liquidez internacional para os investidores do país.

Sendo assim, a FTX é a primeira exchange com ativos globais tokenizados – representações digitais de ativos reais numa rede blockchain – que pode ser acessada facilmente por brasileiros em reais. A plataforma oferece tokens sintéticos de petróleo, ouro e de mais algumas dezenas de criptomoedas. “Estamos muito contentes em fechar essa parceria para dar aos investidores brasileiros acesso a esses sofisticados produtos do mercado de criptoativos por meio do BRZ, nosso token estável brasileiro. A FTX será uma gamechanger no mercado brasileiro”, prevê o CEO da Transfero Swiss, Thiago Cesar.

Houve muita demanda dos clientes por um produto como esse e a queda do petróleo não atrapalhou o desempenho.

Os tokens sintéticos de petróleo foram lançados recentemente pela exchange. Eles funcionam como contratos perpétuos de um token cujo preço está baseado na flutuação do mercado de petróleo. O lançamento se dá num momento em que os preços do petróleo sofreram uma forte volatilidade, com os contratos futuros chegando a serem negociados com valor negativo nos mercados futuros. “Houve muita demanda dos clientes por um produto como esse e a queda do petróleo não atrapalhou o desempenho”, afirma o gerente de operações da FTX, Tristan Yver.

token sintetico
Como funcionam os tokens sintéticos da FTX

Os tokens sintéticos são contratos que possibilitam ao investidor manter uma posição sobre um ativo sem ter que possuí-lo. Eles são amplamente utilizados no mercado financeiro tradicional e servem para montar estratégias de ampliação de ganhos ou de limitação de perdas em troca do pagamento de um prêmio. Tradicionalmente, exchanges crypto utilizam produtos inversos (não-lineares), que permitem que os contratos gerem perdas ou lucros baseados no preço das criptomoedas. Porém, a FTX atua com um contrato linear perpétuo, o que possibilita que as suas perdas e ganhos sejam refletidas em outros criptoativos, como o BRZ ou o USDT.

“Hoje um cidadão fora dos EUA tem dificuldades em investir em um produto baseado no petróleo. Dessa maneira, a empresa criou um token sintético que possibilita às pessoas obterem exposição análoga à mercado sem ter que se utilizar de intermediários sofisticados. Antes, isso só estava disponível a pessoas com maior poder aquisitivo e instituições”, explica Yver.

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Além dos contratos futuros análogos ao petróleo, a FTX possui contratos baseados em índices e cestas de criptoativos para mais de 30 moedas, contratos que seguem a volatilidade dos criptoativos, bem como ativos crypto lastreados em ouro. Além de outros produtos como o Índice das Exchanges (EXCH-PERP), que é uma cesta composta pelas criptomoedas de diversas Exchanges; o MID-PERP, um produto cujo preço é composto por uma cesta de diversas altcoins “intermediárias”; e a SHIT-PERP, cujo preço é baseado nas altcoins realmente pequenas. Essas cestas permitem que a pessoa não fique exposta à variação de apenas uma criptomoeda.

Hoje um cidadão fora dos EUA tem dificuldades em investir em um produto baseado no petróleo. Dessa maneira, a empresa criou um token sintético que possibilita às pessoas obterem exposição análoga à mercado sem ter que se utilizar de intermediários sofisticados.

BRZ Token como ponte entre brasileiros e mercado internacional

Com essa parceria, o BRZ reafirma o seu posicionamento de ser uma ponte entre os brasileiros e o mercado internacional de investimentos. Inclusive, o BRZ foi pensado a partir dessa possibilidade. “Como o real não possui liquidez no exterior, lançamos em 2019 o BRZ. Além disso, brasileiros não podem ter outras moedas que não o real no território nacional”, ressalta o executivo.