Jovens cogitam deixar trabalho pela renda dos jogos play-to-earn

Pesquisa mostra que um a cada três usuários trocaria o emprego atual por jogos que utilizam a tecnologia blockchain

Por Paulo Carvalho  /  22 de março de 2022
© - Shutterstock

Além de tokens não-fungíveis (NFTs), desde 2020 o mercado cripto vive uma febre de jogos play-to-earn desenvolvidos através da tecnologia blockchain. Para muitos jogadores, a renda extra oferecida em criptoativos pode servir como motivo para abandonar o trabalho.

De acordo com uma pesquisa realizada recentemente pela empresa Balthazar, um a cada três jogadores trocaria o trabalho atual por atividades envolvendo jogos play-to-earn.

Mais de 1,1 mil pessoas foram entrevistadas pela empresa de games entre os dias 7 de fevereiro e 15 de março de 2022. O relatório aponta que a média salarial dos usuários é de US$ 316, e para a maioria deles, os jogos play-to-earn representam uma renda extra.

No total, 59% dos entrevistados afirmaram que pretendem manter a atividade apenas como forma de obter uma renda extra através de criptoativos. No entanto, 65% dos entrevistados afirmam que trocariam o trabalho por jogos com recompensas.

Nesse caso, grande parte dos entrevistados apontam para US$ 42 como o preço médio diário que eles precisam ganhar para abandonar o trabalho. Enquanto isso, 55% desse grupo de usuários afirmou que é necessário algo entre US$ 1 a U$ 20 por dia para trocarem o trabalho por jogos play-to-earn.

A maioria dos entrevistados são estudantes e afirmaram que não possuem emprego formal, representando 69% dos participantes da pesquisa. Sendo que 52% deles disseram que usam a renda em criptoativos para pagar contas básicas, como gastos com moradia e contas.

A renda obtida nesse tipo de jogo favorece várias pessoas que pertencem ao grupo familiar dos jogadores. Cerca de 63% dos entrevistados concluíram que as recompensas em criptoativos são transformadas em ajuda financeira para pelo menos uma pessoa.