Declaração do G20 menciona explicitamente os criptoativos

Países do grupo estão monitorando desenvolvimentos na área e asseguram que os criptoativos não representam risco à estabilidade financeira mundial

Por Redação  /  2 de julho de 2019
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A declaração conjunta dos líderes do G20 traz menção explícita aos criptoativos. De acordo com o documentos, os líderes vão continuar monitorando desenvolvimentos nessa área e estarão atentos a possíveis riscos. A avaliação dos países é que os criptoativos não representam risco algum à estabilidade financeira mundial.

O documento menciona o trabalho que está sendo conduzido pelo Comitê de Estabilidade Financeira (FSB, na sigla em inglês) para reduzir riscos e proteger o mercado. O grupo pede que o FSB aconselhe a necessidade de respostas multilaterais quando necessárias.

G20 e os criptoativos: anti-lavagem de dinheiro e engajamento dos interessados

Os países do G20 se comprometem a seguir diretrizes anti-lavagem de dinheiro e contra o financiamento do terrorismo. O grupo também dá as boas vindas aos comentários e orientação interpretativa da Força Tarefa de Ação Financeira (FATF, na sigla em inglês).

Eles citam ainda o trabalho do FSB ao levantar as possíveis implicações de tecnologias financeiras descentralizadas e como os reguladores podem engajar os públicos de interesse. Por último, declaram, vão continuar os esforços para incrementar resiliência cibernética.

No início de junho, ministros das Finanças dos países do G20 e órgãos internacionais financeiros se reuniram para debater regulação e proteção ao consumidor. Tudo o que está nessa declaração foi discutido previamente nesse encontro.

O pronunciamento final do grupo foi em favor do livre-comércio, tema importante diante de um cenário mundial de guerrra comercial entre China e Estados Unidos. Além das criptomoedas, o texto final cobre temas como meio ambiente, desigualdade de gênero, mudança climática, sistemas de impostos e comércio internacional.

De acordo com o texto, o crescimento econômico mundial continua baixo. No entanto, a economia global deverá ter alguma melhora moderada perto do fim do ano e em 2020, com condições financeiras favoráveis e medidas de estímulo. O texto também defende políticas macroeconômicas e estruturais calibradas e específicas para a circunstâncias de cada país.


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