Fundação nos EUA financia desenvolvimento de dólar digital

KNCR é um protocolo cujo objetivo seria atribuir uma escassez digital ao dólar; ideia é que moeda seja distribuída proporcionalmente à quantia que os usuários já possuem

Por Redação  /  14 de julho de 2020
© - Shutterstock

A National Science Foundation, dos Estados Unidos, concedeu à startup blockchain KRNC US$ 225 mil para desenvolver um dólar digital numa blockchain. A concessão do recurso vem num momento que reguladores norte-americanos discutem a criação de uma versão crypto do dólar.

O KRNC é um protocolo que conseguiria atribuir uma moeda digital escassa ao dólar. A ideia é que a moeda digital seja distribuída aos usuários proporcionalmente à quantia que já possuem. Assim, qualquer pessoa que possua dólares pode interagir com aplicativos descentralizados sem ter que comprar criptomoedas como bitcoin ou ether.

A proposta da KRNC foi revisada por um painel de especialistas externos do setor e avaliada por seu mérito e potencial comercial. De acordo com o Coindesk, Anna Brady-Estevez, gerente do programa da National Science Foundation para a concessão de financiamento, disse que a agência não tem mandatos para usos finais específicos para nenhum de seus financiamentos a pequenas empresas.

“Nós nos concentramos em projetos onde existe um trabalho técnico significativo a ser realizado com o potencial de gerar vantagem competitiva e impactar comercialmente”, disse Estevez.

Segundo Estevez, o projeto mostrou potencial no desenvolvimento de uma nova tecnologia que aprimora a segurança das transações financeiras. “Nosso financiamento deste protocolo não deve ser interpretado como um endosso de qualquer iniciativa para atualizar o dólar americano ou torná-lo mais parecido com bitcoin ou qualquer outra criptomoeda”, disse Estevez.

Segundo o CEO da KRNC e o cientista chefe Clint Ehrlich, o protocolo é baseado em Prova de Saldo. “O bitcoin, que é baseado no princípio da Prova de Trabalho, é um desperdício”, disse Ehrlich. “Isso exige que as pessoas desperdicem dinheiro e poder de computação, resolvendo problemas sem sentido”.

Como funcionaria o protocolo de um dólar digital

Os usuários que desejam adquirir ouro digital podem depositar dinheiro fiduciário em bancos durante o período de alocação e receber a criptomoeda em contrapartida. Depois que a moeda é atribuída a uma pessoa, ela pode comprar bens e serviços ou trocar o ouro da mesma maneira que o bitcoin. Os usuários também podem optar por gastar ou negociar o ouro digital separadamente de seu dinheiro fiduciário ou usá-lo como um dólar ponderado.

“Eles recebem o dólar fiduciário e o ouro para que, se houver uma mudança no preço de qualquer um deles, estejam protegidos do risco dessa volatilidade”, disse Ehrlich.


Tags