Funcionários do FMI e Banco Mundial terão crypto de aprendizagem

Os organismos anunciaram a criação de uma pseudo criptomoeda com o objetivo de aprofundar o conhecimento dessa classe de ativos internamente

Por Redação  /  4 de maio de 2019
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O Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial acabaram de criar uma pseudo criptomoeda. O projeto tem o objetivo explorar e aprofundar o conhecimento sobre a tecnologia crypto, segundo informou o Financial Times.

A ideia é que o ativo funcione como uma “Moeda de Aprendizagem”, que as instituições disponibilizarão aos seus funcionários. Com isso, as entidades pretendem familiarizá-los com os princípios de ativos crypto e de registros distribuídos.

Além disso, a expectativa é que os profissionais analisem possíveis casos de uso de contratos inteligentes, transparência e prevenção de lavagem de dinheiro. De acordo com informações publicadas no site Criptonotícias, as instituições esclareceram que o token não terá valor monetário e não estará acessível fora do escopo do estudo. Por isso, não será considerada uma criptomoeda, como o bitcoin.

O projeto funcionará como um “centro de conhecimento” para acessar o material de informação multimídia. O design do programa permitirá que os funcionários ganhem tokens com cada marco educacional atingido.

Os desenvolvedores estão estudando ainda a possibilidade de que as “moedas de aprendizagem” possam ser trocadas por recompensas. Dessa forma, os funcionários poderiam aprender como elas funcionam na vida real.

Identificando lacunas

A criação do produto se deu após o FMI reconhecer uma crescente lacuna de conhecimento entre os atores tradicionais do setor financeiro e da tecnologia. Segundo o Fundo, a partir do token será possível identificar as lacunas e a formar “uma sólida base de conhecimento de tecnologia entre os funcionários do FMI e do Banco Mundial”.

De acordo com o órgão, o desenvolvimento de criptoativos e tecnologia de registro distribuída está evoluindo rapidamente. Da mesma forma, está se expandindo o volume de informação sobre o tema. Isso está forçando os bancos centrais, reguladores e instituições financeiras a reconhecerem que há uma crescente lacuna de conhecimento entre os formuladores de políticas, economistas e a própria tecnologia.

A participação de duas das maiores instituições financeiras mundiais em um projeto de criptomoedas atesta a crescente adoção dessa tecnologia. Certamente, a ação abrirá caminho para que outros organismos internacionais passem a olhar com mais atenção essa classe de ativos e suas possibilidades.


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