Exigências regulatórias podem tornar criptoativos proibitivos para instituições bancárias

Instituições bancárias defendem a importância da regulação do mercado crypto, porém regras podem inviabilizar iniciativas

Por Redação  /  22 de setembro de 2021
© - Shutterstock

O Comitê de Basileia para Supervisão Bancária, fórum internacional para discussão e formulação de recomendações para a regulação do setor bancário, propôs em junho novas regras para as instituições que quiserem operar no mercado crypto. Conforme o comitê, os bancos deveriam ter capital suficiente para, ao menos, igualar suas exposições para ativos mais arriscados, ou seja, operando sem alavancagem.

De acordo com matéria publicada pela CNN Brasil, para ativos como bitcoin, os bancos deveriam reservar capital suficiente, de modo a poderem absorver o impacto de perda total contábil. As regras sugerem que as instituições deveriam aplicar uma ponderação de risco de 1.250% ao bitcoin.

Nesta semana, a Global Financial Markets Association, que representa a JPMorgan Chase e o Deutsche Bank, além de cinco associações, publicou uma carta manifestando-se de forma contrária à medida. “Consideramos as propostas da consulta tão excessivamente conservadoras e simplistas que, na verdade, impediriam o envolvimento do banco no mercados de criptoativos”, diz o documento.

Envolvimento dos bancos valorizaria blockchain, dizem instituições

As organizações representadas pela Global Financial Markets Association destacaram que tanto o público quanto os reguladores seriam beneficiados com o envolvimento dos bancos com criptoativos, uma vez que tais instituições têm longa experiência em identificar, monitorar e gerenciar riscos. Porém, as propostas do comitê tornam o envolvimento proibitivo, em função dos custos elevados.

As organizações bancárias contrárias às regras também se opuseram à inclusão do comitê de stablecoins, que discute normas para esse tipo de instrumento.