Executivo do BIS celebra aumento da inflação mundial

Para Claudio Borio, as últimas notícias relacioadas ao aumento de preços são boas; no longo prazo, contudo, efeitos podem ser negativos

Por Redação  /  13 de julho de 2021
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Claudio Borio, chefe do departamento econômico e monetário do Banco de Compensações Internacionais (BIS), comemorou o aumento da inflação no mundo, em entrevista à CNBC. Borio se referia aos países que têm se esforçado para isso ocorra e que isso deveria ser celebrado como uma boa notícia.

Seus comentários foram feitos depois que as leituras de inflação superaram as expectativas tanto nos EUA quanto na Europa nos últimos meses.

Algumas autoridades europeias acreditam que o programa de estímulo induzido pela pandemia da região deve ser reduzido em face da alta dos preços, enquanto outros argumentam que a inflação será temporária e que a política monetária deve permanecer pouco austera.

Inflação alta elimina poder de compra, baixa limita o crescimento

Economistas se dividem quanto ao papel da inflação. Ao mesmo tempo em que, se for muito alta, elimina o poder de compra dos consumidores; se for muito baixa, pode reduzir o crescimento econômico. A inflação alta também pode ser ruim para os mercados de ações, pois muitas vezes leva a taxas de juros mais altas, o que significa que as grandes empresas têm que pagar mais para pagar o serviço de suas dívidas, o que pode corroer seus ganhos.

A inflação anual na zona do euro subiu para 2% no mês de maio , um pouco acima da meta do BCE de “abaixo, mas perto de, 2%”. Isso tem sido associado à flexibilização de várias regras de distanciamento social nas 19 nações do euro e à disposição dos consumidores em gastar mais.

As últimas previsões do BCE apontam para uma inflação global de 1,9% no final de 2021, seguida de um decréscimo para 1,5% e 1,4% em 2022 e 2023, respetivamente.

No último relatório anual do BIS, a instituição disse que “normalizar a política não será fácil” para os bancos centrais.

Tese da Transfero previa efeitos inflacionários na economia

O aumento da inflação estava previsto na tese da Transfero de que os criptoativos seriam os de melhor performance no biênio 2020-2021, devido às políticas expansionistas adotadas pelos bancos centrais para recuperar as economias. No longo prazo, a alta de preços corrói o poder de compra do dinheiro comum e os criptoativos podem ser um antídoto para isso no mesmo horizonte temporal.


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