As maiores exchanges de criptoativos brasileiras tiveram aumento no número de clientes em março, de acordo com informações do Valor Investe. Foxbit, Mercado Bitcoin, BitcoinTrade e Binance relataram crescimentos entre 15% e 30% nos cadastros na comparação com um ano antes.
O número de clientes informado pelas exchanges brasileiras está em linha com dados divulgados pela Receita Federal, que mostra um crescente número de transações com criptoativos no país. No mês de março, foram informados por contribuintes e exchanges operações totais que somam RS$ 8,8 bilhões.
Segundo o site brasileiro Cointrader Monitor, as exchanges brasileiras declararam ter movimentado 395.209,48 bitcoins (cerca de R$ 14 bilhões) nos 12 meses entre 1/4/2019 e 31/3/2020. O Mercado Bitcoin intermediou 30,58% desse volume de transações, segundo os dados mais recentes do site.
Ainda de acordo com o site, em março o volume de negócios disparou 84,43% na comparação com o mês anterior. E, quando se compara o primeiro trimestre de 2020 com o mesmo período do ano passado, também houve aumento significativo, de 32,64%.
Aumento nas exchanges brasileiras reflete proteção contra crise
Esses dados mostram uma crescente procura por criptoativos, sobretudo neste momento de crise provocado pela pandemia do novo coronavírus. Os criptoativos vêm sendo vistos por alguns analistas como uma proteção contra a desvalorização das moedas e contra turbulências nos mercados tradicionais.
Veja os dados informados pelas empresas:
Foxbit
- Aumento de 10% nos novos registros em suas plataformas em março frente à média de ingressantes em 2019.
- No primeiro trimestre, foram 10.753 novos clientes cadastrados.
Binance
- Crescimento de 16,1% no número de novos clientes no primeiro trimestre de 2020
- Aumento de 24,9% no saldo global de novos cadastros, em comparação com o último trimestre de 2019.
BitcoinTrade
- O total de novos cadastros em março foi 30% maior que a média da casa nos 12 meses de 2019.
- Aumento [no volume] de depósitos na corretora
Mercado Bitcoin
- Aumento de 20% no número de novos clientes em relação à média dos últimos meses.
- Volume negociado dobrou em março e, em alguns dias, chegou a ser cinco vezes maior que a média diária em 2019
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