Entrou em vigor nesta quinta-feira (1/7/2021) a Lei de Fundos alemã, que autoriza fundos especiais domésticos a investirem até 20% dos recursos dos fundos que administram em criptomoedas. Na prática, a lei dá segurança jurídica para investidores institucionais investirem no mercado de criptoativos e permite a entrada potencial de cerca de 350 bilhões de euros no mercado.
Ao portal 3tn, Sven Hildebrandt, chefe da consultoria de blockchain de Hamburgo DLC Distributed Ledger Consulting, disse que o valor representa um quinto dos 1,87 trilhões de euros atualmente ligados a cerca de 4.000 fundos especiais abertos na Alemanha, já descontando os que já era possível o investimento antes da lei. Além disso, o valor representa mais da metade da capitalização de mercado do bitcoin no momento em que esta matéria foi escrita, de 524 bilhões de euros.
Segundo a reportagem, muitos administradores de fundos da Alemanha ainda estão na fase exploratória e ainda não tem a clareza de qual tópico de blockchain os ocupará mais no futuro – ou seja, se será mais sobre o investimento ou o lado da infraestrutura. Mas que a movimentação do mercado já começou.
Lei alemã de criptoativos é elogiada
A Associação Federal de Investimentos Alternativos (BAI) elogiou o regulamento. O director-geral do BAI, Frank Dornseifer, no entanto, lamentou que o novo regulamento se aplique apenas a fundos especiais e não a fundos públicos.
O parlamento alemão (Bundestag) aprovou em 22 de abril a Lei de Fundos elaborada pelos Ministérios das Finanças e da Economia. Em 28 de maio de 2021, o Conselho Federal também deu sua anuência, o que significa que nada impedia a entrada em vigor em 1º de julho de 2021.
A nova lei implementa uma diretriz da UE que se destina principalmente a simplificar a distribuição internacional de fundos de investimento por meio de regulamentos uniformes.
O investimento institucional é visto como um grande catalisador do mercado de criptomoedas globalmente e tende a influenciar o preço dos ativos.
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