Dispositivos ociosos teriam energia para alimentar a rede do bitcoin

Pesquisadores acadêmicos da Universidade de Cambridge (UoC) desenvolveram um índice que rastreia em tempo real o consumo total de eletricidade da rede bitcoin

Por Redação  /  29 de julho de 2019
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A energia atualmente utilizada por dispositivos ociosos nos Estados Unidos seria suficiente para alimentar a rede do bitcoin. A informação é de estudo realizado por pesquisadores acadêmicos da Universidade de Cambridge (UoC).

O grupo desenvolveu um índice que rastreia em tempo real o consumo total de eletricidade da rede bitcoin. Chamado de índice de Consumo de Eletricidade Bitcoin de Cambridge, ou CBECI, o medidor já está ativo e é atualizado a cada 30 segundos.

O índice tem por objetivo fornecer dados precisos e neutros sobre a criptomoeda. Dessa forma, poderão ser utilizados ​​por formuladores de políticas, reguladores e pesquisadores. Além disso, os pesquisadores visam a contribuir para o debate sobre a sustentabilidade e o impacto ambiental da mineração de bitcoin.

Segundo os cientistas, até agora existiam poucas estimativas confiáveis ​​do uso de energia da moeda. Eles explicam que a maioria fornece apenas resultados instantâneos. Por isso, perceberam a necessidade de uma análise mais abrangente sobre a pegada de carbono da indústria crypto. Os pesquisadores pretendem desenvolver ainda uma segunda fase do projeto. Na próxima etapa, será incluído um mapa geográfico interativo das instalações de mineração ao redor do mundo.

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Energia desperdiçada poderia alimentar a rede de bitcoin

De acordo com o dispositivo, o bitcoin é responsável por cerca de 0,24%  do consumo total de eletricidade em todo o mundo anualmente, o que equivale a 2.0863 TWh.

Outra conclusão é que a eletricidade desperdiçada anualmente por dispositivos domésticos nos EUA que são ligados, porém sem utilização, poderia alimentar a rede da criptomoeda por cerca de quatro anos. Por outro lado, a energia consumida pela rede bitcoin em um ano poderia alimentar todas as chaleiras usadas para ferver água no Reino Unido por 11 anos. Se for considerada a Europa inteira, a energia seria equivalente a um ano e meio de chaleiras.

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Bitcoin consome mais energia que Singapura

Já o gráfico que compara a rede com o consumo total de energia dos países, concluiu que, se fosse um país, o bitcoin estaria na 43º posição de consumidores. Isso significa que a moeda consome mais energia do que muitas nações, incluindo Romênia, Dinamarca, Israel, Singapura e Uzbequistão.

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As informações foram divulgadas no site Coin Telegraph.

 


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