Empréstimo em criptomoedas: qual a diferença?

Plataformas que oferecem empréstimos em criptomoedas têm apresentado forte crescimento; mas eles têm profundas diferenças em relação ao crédito tradicional

Por Redação  /  1 de agosto de 2020
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Os empréstimos com criptomoedas vêm aumentando forte ao longo de 2020. Prova disso é o crescimento das plataformas de DeFi, ou Descentralized Finance. Elas permitem tanto pegar empréstimos em criptomoedas quanto obter um rendimento em cima de seus ativos ociosos. Mas você sabe a diferença de obter um empréstimo em criptomoedas e um empréstimo comum?

Em primeiro lugar, a maioria das plataformas de empréstimos trabalha com linhas de crédito colateralizadas. Ou seja, você deposita uma certa quantia de um criptoativo e obtém uma linha de crédito em algum outro ativo digital. Isso é especialmente útil para quem deseja fazer trade com um ativo específico ou ainda arbitrar com as diferentes taxas de juros pagas em outras plataformas DeFi.

Outra diferença é que não há análise de crédito. Assim, a partir do momento que o investidor trava uma certa quantia, ele obtém automaticamente uma linha de crédito que geralmente representa um percentual do total travado. Se ele não honrar com o pagamento, ele perde parte ou todo o criptoativo depositado como garantia.

Uma terceira diferença é que os empréstimos em criptomoedas são programados por smart contracts. Sendo assim, não é necessário que haja um intermediário financeiro para fazer o repasse do recurso. Geralmente, tudo é feito automaticamente numa plataforma de DeFi.

Empréstimo em criptomoedas: taxas de juros menores

Por último, as taxas de juros de um empréstimo em criptomoedas são infinitamente menores do que as praticadas no mercado tradicional. Isso ocorre até pela forma como o empréstimo é operacionalizado, por meio de um depósito de garantia. No mercado bancário tradicional, por exemplo, o banco empresta sem ter absoluta certeza que o cliente vai honrar o pagamento. Isso acaba sendo precificado nas taxas de juros, que podem chegar a dois dígitos mensais.


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