Crypto 2.0: Executivo propõe criptomoedas lastreadas em ativos reais

Conheça a proposta do diretor de Desenvolvimento de Negócios do Paysafe Group para tornar realidade a massificação das criptomoedas no mundo

Por Redação  /  17 de dezembro de 2018
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Criptomoedas lastreadas em ativos do mundo real são o caminho para elas serem usadas no consumo de bens e serviços. Assim como para investimentos. Adicionalmente podem viabilizar a securitização de importantes classes de ativos, que hoje estão fora do alcance do investidor médio. A opinião é do diretor de Desenvolvimento de Negócios do Paysafe Group, Daniel Kornitzer, que publicou um artigo em sua conta no LinkedIn.

Assim, Kornitzer define o momento atual como Crypto 2.0, marcado pela busca das stablecoins – lastreadas em moedas fiduciárias. Portanto, a criação de criptomoedas lastreada em uma cesta de ativos do mundo real já seria um próximo passo desse movimento. A proposta seria lastrear as criptomoedas em ouro, imóveis, moedas fiduciárias, créditos de carbono, obras de arte, entre outros. Por exemplo, imóveis seriam 60% da cesta, ações 20%, ouro, 2%, refletindo o peso desses ativos no mundo real.

Para o executivo, a volatilidade dos criptoativos sem lastro não permite que eles sejam usados para empréstimos. Por exemplo, se alguém pega um empréstimo de US$ 200 mil, ele pode tanto virar US$ 20 mil, quanto US$ 2 milhões. Embora ele considere que haja muito espaço para as stablecoins da forma como são hoje, ele acha que há espaço para dar esse novo passo.

Vantagens

Kornitzer, então, enumera algumas vantagens para sustentar seu argumento. Entre elas estão a estabilidade, armazenamento de valor, proteção de poder de compra e acesso global. Adicionalmente lista ainda como benefícios a liquidez, robustez, garantia e transparência.

Conclusivamente, a proposta de Kornitzer parece ser viável. Hoje, com exceção das stablecoins, o valor das criptomoedas é baseado exclusivamente na lei da oferta e da procura. Isso faz com que momentos de desconfiança gerem vendas muito rápidas e em volumes enormes. E, de fato, é uma forte razão para que as criptomoedas ainda não tenham sido adotadas em massa ainda. Portanto, esse seria um caminho bastante viável para tirar o que há de melhor desses criptoativos.


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