ChainLink: conheça a blockchain criada para facilitar o uso de smart contracts

A ChainLink, da moeda LINK, é uma plataforma que integra blockchains baseadas em tecnologia de smart contracts com dados físicos

Por Redação  /  6 de julho de 2021
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A plataforma ChainLink (LINK), criada em 2017 por Sergey Nazarov, é uma blockchain que tem como objetivo simplificar o uso dos contratos inteligentes (smart contracts), que geralmente circulam em redes Ethereum, integrando a infraestrutura blockchain com aplicações offline (do mundo real). Daí, inclusive, vem o nome ChainLink, que significa “ligação entre cadeias”.

O grande diferencial da ChainLink é o fato de conseguir validar a autenticidade das informações que recebe de necessidades e aplicações offline, por meio de um sistema que classifica os dados e analisa sua reputação. Com isso, a segurança aumenta.

Essa característica permite vários usos, desde sistemas de pagamento descentralizados até internet das coisas (IoT). Hoje, várias empresas de grande porte, incluindo o Google e a Web3 Foundation, usam a ChainLink.

Em sua página, a ChainLink informa ser uma rede descentralizada e à prova de violação, que usa oracles (um instrumento de DeFi) para fornecer dados reais para os smart contracts.

Os oracles, conectados à rede Ethereum, funcionam como um comando para a execução dos smart contracts. Assim, por exemplo, para validar dados de um contrato no mundo real, os oracles coletam, formatam e distribuem as informações.

A plataforma permite que várias empresas, como instituições financeiras, usem a rede como infraestrutura para registro de suas transações e dados, em várias outras blockchains.

A criptomoeda Chainlink é a LINK, que valida as operações na rede e é descrita por seus desenvolvedores como “um token ERC20, com a funcionalidade adicional de transferência ERC223”. Isso permite que os tokens LINK sejam recebidos e processados pelos contratos com uma só transação.

Após sua criação, 32% dos tokens LINK foram enviados para os usuários, para incentivar o ecossistema, e 30% ficaram com a ChainLink para desenvolvimento. Outros 35% foram vendidos.

Os usuários da rede recebem recompensas por fornecerem acesso a dados externos aos smart contracts. A combinação dos dados enviados é o que garante a confiabilidade das operações, o que gera os resultados mais precisos.

Como o próprio nome diz, a rede funciona como um elo entre o mundo real e as diversas blockchains, como a Ethereum. Sua principal funcionalidade é viabilizar a tecnologia dos smart contracts dentro de blockchains específicas.

Com a ChainLink, é possível evitar conflitos na transmissão de dados entre diferentes sistemas, o que preserva a integridade e a segurança de informações. Por exemplo, um acordo ou contrato pode ser validado de forma muito mais simples (e com menor custo para as partes) com o uso dessa rede, sem a necessidade de intermediários.

Como as informações da ChainLink são validadas?

Os oracles fornecem informações à plataforma, colocando seus dados (e valores) à prova, processo conhecido como em “stake”. Para inserir novas unidades de tokens LINK à rede, o método é o Proof of Stake (PoS, ou prova de participação).

A Chainlink é protegida pelo mecanismo de consenso PoS. Ao contrário do consenso de prova de trabalho (PoW) utilizado pelo bitcoin, o PoS depende da quantidade de tokens colocados para selecionar os validadores dos elos da rede (também chamados de nós).

Assim, os usuários depositam suas moedas LINK para garantir que as informações que estão entrando e saindo são corretas. Paralelamente, a rede utiliza um sistema que avalia a reputação destes dados, o que garante que não houve manipulação por parte dos usuários, que fornecem as informações.

Quando existe a confirmação de que as informações e dados realmente estão corretos, a recompensa para os usuários, que ajudam na validação das transações, é feita em tokens LINK.

Em 2020, o preço da Chainlink (LINK) teve valorização acima de 500%. No início de 2021, a moeda valia pouco mais que US$ 4, mas se valorizou e estava cotada (em 1º de julho) em pouco mais de US$ 18. Seu suprimento total é de 1 bilhão de tokens, e atualmente existem pouco mais de 419 milhões deles em circulação (o que representa 42% do volume total).

A Chainlink está sendo cada vez mais utilizada, seguindo o aumento de aplicações descentralizadas no blockchain.

A melhor forma de investir em tokens LINK é por meio de uma corretora,  que faz todo o processo de intermediação das transações entre as partes envolvidas.

O token LINK está entre as criptomoedas mais populares, sendo a 15ª, de acordo com o ranking CoinMarketCap. A moeda pode ser comprada em corretoras como Binance, Huobi, Coinbase, Gate.io e Kraken.