CEO da Transfero prevê oportunidade única em criptoativos

Em artigo publicado no Money Times, Thiago Cesar, analisa o atual momento da economia mundial e como ativos anticíclicos podem se sobressair nele

Por Redação  /  23 de junho de 2020
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O contexto econômico atual, imposto pelas medidas de combate ao coronavírus, aponta para uma recessão prolongada e abre uma janela de oportunidade única para investimentos em ativos tradicionalmente anticíclicos no ano de 2020, como os criptoativos. A afirmação, que está na tese de investimentos da Transfero, foi feita pelo CEO da empresa, Thiago Cesar, em artigo publicado no Money Times.

Segundo o texto, investimentos em ouro e bitcoin se sobressaem, tanto do ponto de vista de proteção de patrimônio como na busca por retornos em momentos de incerteza global. Isso especialmente no Brasil, que pode ter sua moeda fortemente desvalorizada ante o cenário atual.

Um dos argumentos para os criptoativos estarem vivendo uma oportunidade única é que o bitcoin é, por natureza, um ativo deflacionário, ou seja, sua oferta não pode expandir além dos 21 milhões de unidades. Um evento recente conhecido como halving, previsto em seu protocolo, explicitou essa característica ao cortar pela metade a emissão de novas moedas.

Da mesma forma que a quantidade de ouro é limitada por natureza, a oferta de bitcoin é limitada por seu algoritmo. Isso o torna uma boa reserva de valor no longo prazo, dada a sua tendência natural em manter seu poder de compra frente aos bens e serviços que consumimos.

Moedas nacionais reforçam oportunidades em criptoativos

Na outra ponta, o dinheiro físico vem perdendo credibilidade. A crise atual desencadeada pelo novo coronavírus ligou a impressora de dinheiro na maior parte das nações desenvolvidas. A constante emissão de dólares ao longo da História sempre teve caráter inflacionário, e não é diferente agora.

crise covid
Além disso, o executivo lembra que o dólar é a moeda de reserva do mundo todo. Ou seja, todas as transações internacionais são liquidadas na moeda norte-americana. Portanto, essa nova onda de impressão de dinheiro poderá gerar desconfiança sobre a capacidade de recuperação da economia americana.

Tal desconfiança poderá provocar um movimento mais contundente por países que disputam a hegemonia norte-americana, como a China. Dessa forma, novos arranjos podem propor a substituição do dólar como reserva internacional — ao menos no longo prazo.

No Brasil, o cenário é ainda mais desolador, afirma. O aumento de gastos públicos para combater os impactos econômicos do coronavírus vai elevar a dívida interna e tornar o país mais arriscado para o investidor estrangeiro.

Por isso, alerta Thiago, o investidor que busca proteger seu patrimônio e encontrar racionalidade no meio do caos deve considerar a alocação de parte de seus recursos em uma carteira diversificada com ouro, bitcoin e outros ativos escassos.