A capitalização do mercado das DeFi (finanças descentralizadas) chegou a quase US$ 12 bilhões (ou R$ 64 bilhões na cotação da data desta matéria), refletindo o crescente interesse dos investidores neste tipo de criptoativo. Outra cifra importante para mensurar o desempenho desse mercado, o valor travado em contratos vem crescendo em ritmo forte.
Em 25 de agosto, o total de recursos empenhados em contratos de DeFi ultrapassava os US$ 6,73 bilhões (quase R$ 36 bilhões), segundo dados da DeFi Pulse. O montante representa um aumento de mais de US$ 2 bilhões em relação aos US$ 4,71 bilhões do dia 10 de agosto. E pode indicar uma aceleração no crescimento das DeFi, uma vez que a barreira de US$ 1 bilhão foi rompida em fevereiro deste ano.
Valor do mercado de DeFi divide opiniões
O valor desses contratos, no entanto, divide opiniões. De acordo com o CoinTelegraph, Damir Bandalo, fundador do Encode Club, grupo de estudantes universitários, acadêmicos e desenvolvedores atuantes na área de blockchain, vê uma supervalorização. Para Bandalo, o número está quase US$ 3 bilhões acima do real. A publicação, por outro lado, lembra que pode ser difícil precisar as cifras. Isso porque US$ 1 investido, por exemplo, em Ether, pode ser usado para criar uma criptomoeda de outro tipo, que pode ser utilizada em um protocolo diferente. Essas duplicações acabam complicando a conta. Embora a DeFi Pulse tenha afirmado que seus cálculos excluam ativos duplicados.
A DeFi usa tecnologias como, por exemplo, blockchain, smart contracts e stablecoins para descentralizar produtos financeiros. Este mercado tem atraído muitos investidores porque há chances de auferir ganhos maiores. Um exemplo de sucesso nesse campo é o token de governança Compound. Além de permitir que o investidor conceda empréstimos, pagos com juros, ele dá a seu detentor poder de votar nas decisões da empresa.
O LiveCoins ressalva, contudo, que a chance de uma bolha no setor não é pequena. Por se tratar de algo muito novo, é difícil prever seu comportamento. E analistas alertam que pode haver uma forte correção como houve com o bitcoin em 2018. Na ocasião, a criptomoeda líder se desvalorizou em 80%, retornando a valores do primeiro semestre de 2017, segundo o El País.
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