Capital institucional contribui para valorização do bitcoin

O atual movimento de alta do bitcoin é alavancado pela presença de capital institucional; várias empresas e fundos de investimento passaram a alocar recursos em ativos digitais

Por Redação  /  21 de abril de 2021
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Da primeira transação com bitcoin, convertido em dinheiro fiduciário, até os dias atuais, a valorização da criptomoeda tem sido impressionante. Em 2010, Laszlo Hanyecz pagou 10 mil bitcoins pela compra e entrega de duas pizzas em Jacksonville, nos EUA (transação que, na ocasião, equivalia a US$ 25). Hoje, a mesma quantidade de bitcoins corresponde a US$ 590 milhões.

Essa intensa valorização tem atraído o interesse de investidores institucionais e de fundos de investimento. Empresas como a Tesla, grande entusiasta do mercado de criptomoedas, são apenas exemplos de organizações que acreditam no poder das cryptos. Outras corporações, como a MicroStrategy, também fizeram aportes importantes. Além disso, meios de pagamento, como o PayPal e a Visa, também passaram a aceitar transações com criptomoedas.

Atualmente, qualquer investidor pode encontrar opções de investimento em criptomoedas em fundos de gestão. As empresas BLP e Hashdex são exemplos de gestoras que apostam em criptoativos.  Desde meados de 2017, o CME Group, da bolsa de futuros de Chicago, também oferece a possibilidade de investir em derivativos de bitcoin e grandes casas, como o grupo Fidelity, mantêm desde 2018 serviços de custódia de ativos digitais.

Valorização de 800%

De acordo com dados da Coinbase, no espaço de um ano (entre março de 2020 e março de 2021, em pleno período de pandemia) o bitcoin saltou de US$ 6,5 mil para US$ 59 mil, o que representa a incrível valorização de 800%.

Sem dúvida, essa alta reflete o recente interesse institucional. Mais empresas passaram a fazer o aporte de recursos em ativos digitais, além dos fundos de investimento, o que contribuiu para estimular o crescimento do mercado e também a valorização da criptomoeda.

A BLP, que foi uma das pioneiras a oferecer fundos de investimento com ativos digitais no Brasil, tem três fundos, todos lançados em 2018. O primeiro, denominado Crypto Assets FIM, acumula retorno de 66,51% em 2021 (até o fim de fevereiro). Em 2020, o portfólio da BLP gerou rendimento de 343,51%.

Já a Hashdex mantém cinco fundos, dos quais três têm exposição ao Nasdaq Crypto Index, em percentuais que variam de 20% a 100%. Um quarto portfólio é baseado em 100% de bitcoin e um quinto usa tanto o bitcoin quanto o ouro. O multimercado Hashdex Bitcoin Full 100 FIC FIM acumula rentabilidade de 124,87% no ano, até 29 de março.

O BTG Pactual, por sua vez, também está montando sua própria estratégia em criptoativos, com o lançamento do primeiro fundo local de investimento em bitcoins. O aporte mínimo será de R$ 1. A carteira investe 20% em bitcoins e o restante em renda fixa no Brasil.