BRZ tem volume recorde de negociações, aponta Receita

Dados sobre mercado de criptomoeda da Receita Federal mostram que a stablecoin bateu recorde de negociações no Brasil

Por Redação  /  9 de dezembro de 2020
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Dados da Receita Federal sobre as transações com criptomoedas em outubro de 2020 apontam para um recorde no volume de negociações de BRZ naquele mês.

Foram R$ 327.521.563,09, contra R$ 157.407.914,71 no mês anterior. Com esses números, o BRZ desbancou, no Brasil, o Ethereum. Enquanto ocupa a segunda colocação do ranking mundial em capitalização de mercado, o Ethereum amargou “meros” R$ 100.295.159,10 em negociações no Brasil.

Criptomoeda mais usada pelos brasileiros é o tether

Os dados mostram ainda que a stablecoin tether (USDT) desbancou o bitcoin como a criptomoeda mais usada no Brasil.

As negociações com o USDT — stablecoin com lastro em dólar — somaram R$ 2,7 bilhões em outubro, contra pouco mais de R$ 2,1 bilhões do bitcoin. As cifras correspondem às transações que os usuários devem reportar à Receita Federal, conforme definem as instruções normativas do Fisco.

Juntos, bitcoin e USDT respondem por 83% de todas as negociações no país, de acordo com a Receita. As transações com essas duas criptomoedas somaram R$ 4,921 bilhões, sendo que o total de operações naquele mês foi de R$ 5,91 bilhões.

O desempenho do dólar tether revela também o perfil de uso das criptomoedas no Brasil. Os usuários estão se posicionando em dólar para acessar plataformas internacionais. Ou mesmo para se protegerem da desvalorização do real. Essas são duas características importantes das stablecoins.

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Além do recorde do BRZ, relatório mostra perfil do mercado

Também voltou a crescer o número total de pessoas físicas que fizeram operações com criptomoedas, de acordo com o relatório da Receita Federal. Enquanto em setembro elas eram 102.774; em outubro, 107.311 negociaram este tipo de ativo.

Além disso, os números do Fisco mostram um pouco do perfil do mercado crypto no Brasil. As operações sem exchange, como, por exemplo, aquelas entre duas pessoas, respondem por 20% das negociações.

Quanto ao gênero, os homens dominam os negócios com criptomoedas. Eles são maioria tanto no volume quanto no valor das operações. Eles foram responsáveis por 88,47% das transações, contra 11,53% das mulheres. Enquanto em termos de valor, eles fizeram 84,11% do total, e elas, 15,89%.


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