Brasil é o 13º país em ranking de adoção de criptomoedas

Ranking de empresa de inteligência de mercado tem 154 nações e traz a Ucrânia no topo em adoção de criptomoedas

Por Redação  /  15 de dezembro de 2020
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Um ranking que mede o nível de adoção de criptomoedas pelos países traz o Brasil em 13° lugar. A responsável pela lista é empresa de inteligência de mercado Chainalysis, que analisou dados de julho de 2019 a junho de 2020. Ao todo,  a empresa estudou a situação de 154 países.

A classificação do ranking segue a pontuação de cada país, que vai de zero (com baixa adoção) a um (que indica uma adoção mais ampla). De acordo com a Chainanalysis, a fórmula do cálculo foi pensada para ir além dos usos para trading e especulação. Isso porque o objetivo é enfatizar a adoção dessas moedas no dia a dia. Portanto, as contas consideram também a população e o tamanho da economia de cada nação.

Desta forma, o Brasil alcançou a pontuação 0,338, conquistando o 13º lugar. Já a Ucrânia, com 1 ponto, ocupa o topo da lista. Logo em seguida, com 0,931 ponto, vem a Rússia. Fechando o pódio está a Venezuela, com 0,799.

Apesar de a Venezuela estar à frente no ranking geral, o Brasil é o líder da América Latina em termos de volume de uso de criptomoeda em on-chain. Porém, a Venezuela se destaca nos volumes de negócios P2P (entre pessoas). A adoção no país latinoamericano está relacionada à fragilidade da moeda local. Há anos o país enfrenta uma inflação altíssima, que corrói o poder de compra do bolívar.

Só 12 países do ranking de criptomoedas ficaram com nota zero

Embora seja o berço de grandes empresas de tecnologia, os EUA estão de fora do top 5 do ranking de adoção de criptomoedas. O país é o sexto da lista, logo atrás do Quênia.

Segundo o documento, o estudo revelou que as criptomoedas são um movimento realmente global. Isso porque, explica o texto, dos 154 países analisados, “apenas 12 tinham tão pouca atividade que tivemos que dar um índice de zero pontos”.

“Isso é um testemunho tanto da empolgação em torno das criptomoedas como um investimento quanto, especialmente no mundo em desenvolvimento, como meio de guardar valor e de câmbio”, diz o texto.

Importância do P2P

Outra conclusão foi que “plataformas P2P são essenciais em países em desenvolvimento”. De acordo com o relatório, os quatro principais países em termos de atividade P2P com criptomoedas estão no top 10 do ranking de adoção de crypto. Além disso, os quatro são países em desenvolvimento. “Isso ilustra como as plataformas P2P são importantes para a adoção de criptomoedas em países em desenvolvimento”.

O texto lembra a pesquisa de Matt Ahlborg que aponta que, como não fazem custódia das moedas, as plataformas P2P não precisam se conectar a sistemas bancários. Portanto, elas enfrentam menos questões regulatórias. Assim, essas plataformas são de acesso mais fácil para os cidadãos desses países, pessoas que, muitas vezes “são excluídas do ecossistema financeiro tradicional”.