RSK permite implantar smart contracts na rede do bitcoin

Sidechain une a segurança da rede do bitcoin ao poder de programação dos smart contracts trazidos pela Ethereum, com custos baixos

Por Redação  /  9 de julho de 2021
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O bitcoin mostrou que a blockchain pode ser utilizada para criar uma moeda digital sólida. Já o Ethereum trouxe a tecnologia dos smart contracts. A blockchain RSK justamente une essas duas características, funcionando como uma sidechain do bitcoin com a capacidade de executar os smart contracts da Ethereum.

“A blockchain RSK é o melhor dos dois mundos: a segurança do Bitcoin e o poder dos smart contracts do Ethereum”, afirma a especialista em Blockchain Solange Gueiros.

Sidechains são blockchains independentes cuja moeda nativa está atrelada ao valor de outra moeda blockchain. O pareamento entre as duas moedas pode ser imposto por um protocolo ou pode ser sintético.

A RSK, portanto, une a segurança da rede do bitcoin ao poder de programação dos smart contracts da Ethereum. Além disso, as aplicações daquela blockchain são compatíveis com a Ethereum. Assim, desenvolvedores podem usar as ferramentas já existentes nesta blockchain sem a necessidade de criar nada a partir do zero, uma vez que os smart contracts utilizam a linguagem Solidity e são compatíveis.

Uma significativa vantagem em relação à Ethereum são seus custos. Segundo o RSK Gas Station, no momento que esse artigo foi produzido, os custos de transação na RSK estavam quase 2.000% inferiores em relação aos da blockchain criada por Vitalik Buterin.

O que são smart contracts?

Smart contracts são programas de computador publicados e executados em um ambiente blockchain, capazes de serem executados ou de se fazerem cumprir por si só, sem intermediários. O termo foi criado por volta de 1993, por Nick Szabo, formado em ciência da computação, criptografia e advocacia.

O Bitcoin, primeira blockchain criada pelo misterioso Satoshi Nakamoto não estava preparada para os smart contracts. Vitalik Buterin mudou esse cenário ao perceber que uma blockchain poderia ir muito além de transferências de criptomoedas, criando então a Ethereum. 

Vitalik enxergava a blockchain como um computador mundial descentralizado, um ambiente onde os smart contracts pudessem ser executados. Assim, a blockchain Ethereum foi a primeira a ter a capacidade de executar verdadeiros programas de computador. Hoje, ela possui a maior comunidade de desenvolvedores, que programam na linguagem Solidity, programação orientada a objetivos usada para escrever os smart contracts.

Uma vez que a RSK pode utilizar os mesmos smart contracts da Ethereum, eles somente precisam ser publicados naquela rede.

Segurança da rede do bitcoin para a RSK

A segurança é um outro aspecto importante da RSK. Geralmente mais de 50% dos mineradores da rede do bitcoin também fazem a validação das transações da RSK. Isto representa um grande hashpower (poder computacional de mineração), que traz a segurança da rede do bitcoin para a RSK. 

A RSK também tem o mérito de ser uma rede amiga dos bitcoiners. No universo das criptomoedas, os bitcoiners são aqueles que confiam no bitcoin, mas não em outras blockchains. Também são conhecidos por bitcoin maximalistas. Ao ser uma sidechain da blockchain do bitcoin, a RSK ganha a confiança desse público. 

Uma vez que a RSK tem a capacidade de executar smart contracts na rede do bitcoin, isso abre um leque imenso de possibilidades para o uso da criptomoeda líder em plataformas de DeFi (sigla para finanças descentralizadas). 

Atualmente, existem diversos produtos e protocolos DeFi desenvolvidos na RSK. Alguns, como RSKSwap, vieram da Ethereum, outros, como Money On Chain, foram criados exclusivamente na RSK. Oráculos como a Chainlink, bem como stablecoins, também já existem na RSK.


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