O reinado do bitcoin como criptomoeda de maior valor de mercado parece estar ameaçado. A concorrência está partindo das novas moedas digitais alternativas, as chamadas stablecoins.
Atualmente, o bitcoin representa mais da metade do mercado global de criptomoedas. No entanto, as stablecoins ganham força porque parecem combater a principal vilã dos investidores: a oscilação.
Elas são desenvolvidas para evitar as grandes variações de preços, o principal problema enfrentado pelo bitcoin e outras criptomoedas, tanto quanto como uma reserva de valor. Em teoria, as stablecoins deveriam ser mais úteis para pagar bens e serviços ou transferir dinheiro internacionalmente.
A maioria dessas moedas é apoiada individualmente pelos ativos tradicionais, como o dólar dos Estados Unidos. Há ainda os que são garantidos por cestas de criptomoedas. Outros usam algoritmos para manter valores estáveis.
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Alguns especialistas acreditam que as stablecoins podem ajudar as criptomoedas a ganharem mais visibilidade no mercado convencional.
Libra é uma das stablecoins que vem para concorrer com o bitcoin
Uma stablecoin de peso que promete movimentar o mercado é a Libra, que está sendo desenvolvida pelo Facebook. A companhia revelou recentemente que o projeto faz parte do seu esforço para expandir as atividades, indo além das redes sociais. A meta da empresa é ganhar espaço no comércio eletrônico e pagamentos globais.
A Libra será apoiada por uma reserva de ativos reais. Isso inclui depósitos bancários e títulos do governo de curto prazo. Dessa forma, ela deve se tornar mais estável do que outras criptomoedas.
Segundo análise do UOL, alguns operadores de criptomoedas e casas de câmbio afirmam que os investidores usam stablecoins para se proteger contra picos no preço do bitcoin e como meio de negociar criptomoedas sem usar dólares.
Assim, os volumes negociados combinados nas principais bolsas de cinco dos maiores stablecoins, incluindo Tether e USD Coin, aumentaram nos últimos meses. De acordo com dados da empresa de pesquisas norte-americana, Coin Metrics, os volumes subiram para US$ 74 bilhões em maio. O valor representa um crescimento de quatro vezes na comparação com dezembro. “Se eles sentirem que o bitcoin vai subir ou descer, preferem sacar para um stablecoin. Com isso, podem negociar mais rápido e voltar ao mercado”, disse Thomas Puech, da Enigma Securities, bolsa de criptomoeda sediada em Londres. É por isso que as stablecoins podem ameaçar a liderança do bitcoin.
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