Pagar um cafezinho com bitcoin como se faz com cartões de crédito e débito pode estar mais perto do que imaginamos. Duas grandes operadoras de cartões de crédito e débito anunciaram recentemente ações envolvendo criptoativos. Fora que em alguns lugares pagar com QR Code está virando lugar comum.
Operadora de cartões Cielo aceitará bitcoin e outras criptomoedas
A Cielo, uma das maiores operadoras de cartões de crédito do Brasil e a principal fornecedora de máquinas de cartão, passará a aceitar pagamentos com bitcoin e outras criptomoedas. As transações poderão ser realizadas diretamente nas maquininhas da empresa.
A funcionalidade será possível por meio de um QR Code. Nele, o lojista informa diretamante na máquina o valor que deseja receber e um QR Code é gerado no sistema. Assim, o usuário pode escanear este código com seu smartphone e realizar o pagamento.
Contudo, os usuários que desejarem efetuar pagamentos com criptomoedas usando os terminais de POS (maquininha de cartão) da Cielo, precisarão ter uma conta na Uzzo ou na Criptohub, as atuais parcerias da rede.
A partir de outubro, locais que utilizam o sistem CieloPay podem inclusive aceitar pagamento em criptoativos. Isso poderá ser feito sem nem mesmo precisar da máquina do cartão. O QR Code para pagamento será gerado por um aplicativo da Cielo diretamente pelo celular que, da mesma forma que no POS, terá que ser escaneado para realizar o pagamento.
O código também poderá ser usado para pagamentos remotos. Além disso, as transações estarão disponíveis por meio de aplicativos como WhatsApp, lojas virtuais e outros.
Mastercard mira em pagamentos internacionais
Por sua vez, a gigante dos pagamentos Mastercard anunciou que pretende desenvolver uma plataforma de pagamentos transfronteiriça com tecnologia blockchain. O projeto será realizado em parceria com a empresa R3.
Inicialmente, o objetivo é conectar esquemas de pagamentos mais rápidos e bancos apoiados pela rede de compensação e liquidação da Mastercard. A plataforma será construída no Corda Enterprise, a versão comercial da plataforma, em oposição à Corda Network de código aberto, disse o R3 à CoinDesk.
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Desse modo, o foco da parceria é unir a experiência da R3 no desenvolvimento de soluções blockchain com os sistemas de pagamento e a rede existentes da Mastercard. Com isso, as empresas esperam que a nova plataforma ajude a resolver questões do setor. Entre os pontos principais estarão o processamento de pagamentos onerosos, gerenciamento de liquidez e escassez de padronização. As companhias querem ainda promover maior conectividade entre bancos e sistemas de compensação domésticos.
O CEO da R3, David E. Rutter, afirma que todas as instituições, sejam grandes ou pequenas, dependem da capacidade de enviar e receber pagamentos. Ele destaca, no entanto, que com freqüência a tecnologia em que se baseiam é complicada e cara.
“Os pagamentos transfronteiriços podem ser um ponto problemático. O Corda foi projetado especificamente para casos de uso corporativos como esse, e esperamos apoiar a Mastercard em trazer negócios de pagamentos habilitados para blockchain em todo o mundo”, destacou.
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