Bitcoin pode ser estratégia para guardar recursos para a aposentadoria

Você planeja uma aposentadoria mais tranquila? O bitcoin tem se mostrado uma alternativa interessante de reserva de valor e vários fundos de previdência já estão de olho nisso

Por Redação  /  20 de julho de 2021
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Que tal economizar recursos para garantir uma aposentadoria mais tranquila investindo em bitcoin? De acordo com o Wall Street Journal, as empresas de serviços financeiros estão lançando novos produtos e serviços que incluem portfólios de aposentadoria.

A reportagem mostra que já existem fundos com nomes como “CryptoIRA” e “BitcoinIRA” que permitem que investidores comuns adicionem bitcoin e outras criptomoedas às suas aplicações destinadas à previdência. “Em pesquisa recente com mais de 500 consultores financeiros, conduzida pela Associação de Planejamento Financeiro e duas outras organizações, 14% dos consultores disseram que usam ou recomendam criptomoedas para essa finalidade”, destaca a matéria. Em 2019, esse índice era de menos de 1%.

No entanto, apesar de o bitcoin ser considerado uma estratégia interessante para reserva de valor, também é um ativo com alta volatilidade, o que exige cautela para quem quer garantir a aposentadoria. A reportagem do Wall Street, inclusive, alerta sobre esse risco e sobre a importância da diversificação do portfólio de investimentos.

Aposentadoria em bitcoin já é possível no Brasil

Nos Estados Unidos, a ForUsAll, provedora de planos de aposentadoria, está formalizando uma parceria com a Coinbase, para permitir que os clientes invistam até 5% de seus ativos de portfólio em criptomoedas, conforme noticiou o Cointelegraph. No Brasil, a participação do bitcoin na carteira de previdência também já é uma opção.

A  XP Seguros, por exemplo, acabou de lançar o Hashdex Criptoativos XP Seguros Prev FIC FIM, um fundo de previdência de criptomoedas. A proposta do produto é oferecer uma gestão passiva, com 40% da carteira (o limite máximo) atrelada ao Hashdex Nasdaq Crypto Index e outros 60% em renda fixa.

Conforme o Infomoney, será necessário um aporte inicial de R$ 5 mil e o produto terá taxa de administração máxima de 1,70% ao ano. Sem hedge cambial, o fundo ficará exposto à variação do dólar. Para o head de investimentos da XP Seguros, Roberto Teixeira, “ter uma alocação de 5% a 10% em criptoativos é interessante no longo prazo”.

A ideia por trás do uso do bitcoin em fundos de previdência é a proteção do capital e do patrimônio contra a inflação, sem a interferência de governos. Apesar da alta volatilidade, a moeda foi considerada o melhor investimento, no Brasil, nos primeiros seis meses de 2021, com valorização superior ao IGP-M.