Após novo recorde, bitcoin vive semana de oscilação

Para Safiri Felix, diretor da Transfero, recuo foi momento de realização de lucros, e criptomoeda pode testar barreira dos US$ 50 mil

Por Redação  /  15 de janeiro de 2021
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Após novo recorde de preço na semana anterior, o bitcoin teve dias de oscilação. Na segunda e na terça, a criptomoeda líder acumulou perdas de 10,8%. Porém, na quarta e na quinta-feira, a alta do bitcoin reverteu o cenário, somando alta de 2,5%. Contudo, o preço voltou para o terreno negativo nesta sexta, com uma queda de 3,86% (no momento em que essa reportagem foi escrita), o que fez com que o balanço da semana, até o momento, seja de -1,5%.

Para Safiri Felix, diretor da Transfero, as quedas foram “um movimento natural de realização dos lucros substanciais acumulados nas últimas semanas”. Ele lembra que isso aconteceu “em dias de aversão generalizada de risco com o agravamento da pandemia em importantes regiões do mundo”.

Mas o interesse dos investidores no bitcoin deve fazer o preço voltar a subir. De acordo com Felix, os investidores institucionais, “que já vinham começando a formar suas posições durante os últimos meses de 2020”, têm papel importante nesse fluxo comprador.

Mas esse não é o único motivo de ânimo no mercado. O executivo da Transfero acredita que a expectativa por novos estímulos monetários “tende a ser o principal vetor de continuidade desse ciclo de valorização”. E cita, por exemplo, o pacote de US$ 2 trilhões dos EUA.

Com oscilação, investidor deve manter ‘exposição responsável’

O próximo patamar que o preço do bitcoin vai testar deve ser “a barreira psicológica dos US$ 50 mil”, avalia Felix. “Vejo espaço para que nesse ciclo o mercado ao menos teste a faixa dos US$ 100 mil”, acrescenta.

Contudo, é necessário ter cautela, alerta: “De qualquer forma, a melhor estratégia segue sendo manter a exposição responsável, adequando as posições ao perfil de risco de cada investidor”.

No fim de 2020, o preço do bitcoin começou a subir com mais consistência e, assim, a criptomoeda líder bateu o recorde de market cap em novembro. No mês seguinte, foi a vez de alcançar a máxima histórica de cotação. Mas a chegada do novo ano não fez com que o preço do bitcoin parasse de subir, e a moeda bateu novo recorde de preço logo no começo de 2021.