Algorand: conheça a blockchain da nova geração de produtos financeiros

Impulsionada pela evolução do DeFi, a blockchain Algorand está crescendo, com a proposta de criação de novos produtos financeiros; BRZ já faz parte da plataforma

Por Redação  /  22 de agosto de 2021
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O protocolo Algorand, que originou a Algorand Inc., foi concebido pelo vencedor do Prêmio Turing (2012), Silvio Micali. A proposta da plataforma, que desenvolveu o primeiro protocolo blockchain de código aberto, público e proof-of-stake puro, é reduzir problemas do sistema financeiro convencional e criar novos produtos nessa área.

A proposta é promover a convergência de produtos financeiros tradicionais e finanças descentralizadas (DeFi). Para tanto, a Algorand se baseia em uma cadeia de blocos aberta, pública e sem permissão, com ecossistema inclusivo. Em sua página oficial, a blockchain destaca “oferecer uma oportunidade para que todos aproveitem o potencial de uma economia equitativa e verdadeiramente sem fronteiras”.

Desde o início de 2021, o BRZ integra a plataforma da Algorand, o que permite que os usuários da stablecoin pareada ao real brasileiro tenham acesso a uma ampla gama de aplicações financeiras ou formas de pagamento.

O que é Algorand?

A Algorand é uma rede descentralizada que faz a integração entre o mercado financeiro tradicional e as aplicações de DeFi. Sua tecnologia tem a proposta de propiciar transações mais ágeis, com custos reduzidos.

A tecnologia foi projetada justamente com esse objetivo (reduzir custos e tempo das transações). Seu idealizador, Silvio Micali, é considerado um dos principais criadores de criptografia do mundo.

A rede, que entrou em operação em junho de 2019, já tinha capacidade para efetuar quase um milhão de transações por dia em dezembro de 2020. Em agosto de 2021, a blockchain ocupava a posição 41 no ranking CoinMarkCap. Hoje, a rede já é usada por mais de 500 organizações globais, que contribuem para alavancar sua tecnologia.

Em seu lançamento, a plataforma realizou o leilão de inauguração de sua criptomoeda, a ALGO, cujo estoque se esgotou em menos de quatro horas, de acordo com publicação no jornal O Estado de São Paulo. Na ocasião, Micali destacou estar entusiasmado com a “visão de uma economia sem fronteiras, confiável e descentralizada ganhando vida com o primeiro leilão”.

Qual a moeda da Algorand?

A moeda da Algorand é a ALGO, cuja emissão está fixada em 10 bilhões de unidades, quantidade que será distribuída até 2030. Até dezembro de 2020, cerca de 16% deste volume já havia entrado em circulação. Em 16 de agosto de 2021, a cotação da ALGO estava fixada em US$ 0.9552, conforme o CoinMarketCap.

O que é a Fundação Algorand?

A Fundação Algorand se dedica a cumprir os compromissos globais da tecnologia blockchain, aproveitando o protocolo Algorand e seu software de código aberto, com visão de um ecossistema inclusivo. A ideia é oferecer oportunidades para que todos aproveitem o potencial de uma economia igualitária e sem fronteiras.

A Algorand Foundation foi a primeira organização a realizar um leilão global totalmente transparente em sua própria blockchain. Pouco mais de um ano após sua criação, juntamente com a Algorand Inc., a fundação anunciou a atualização de seu protocolo, com o lançamento de recursos como smart contracts, que permitirão a criação de soluções DeFi e dApps.

Algorand tem baixo impacto ambiental?

Em abril de 2021, a Algorand assumiu o compromisso de ser uma rede ambientalmente sustentável, com zero emissões de carbono. Ao formalizar uma parceria com a ClimaTrade, empresa especializada em rastreabilidade de emissões de CO2, a plataforma reafirmou suas metas de emissões zero.

“A Algorand experimenta a adoção acelerada e a expansão da rede. Como este período de grande crescimento continua, achamos essencial operar em um nível de carbono negativo. Na verdade, o crescimento sustentável é bem melhor do que o crescimento”, afirmou Micali, de acordo com o Yahoo.

Vale destacar que, desde sua criação, a rede foi pensada para impactar minimamente o meio ambiente. Como o seu consenso não é baseado em provas de trabalho, que demandam o uso intensivo de energia, a criação de seus ativos digitais e as transações na blockchain resultam em emissões de CO2 dois milhões de vezes menores que outras plataformas.


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