Airdrop de bitcoin de estudante do MIT em 2014 teria rendido milhões de dólares

Estudante distribuiu na época US$ 100 em bitcoin para os participantes do seu experimento; coletivo estaria US$ 44,1 milhões mais rico hoje

Por Redação  /  17 de agosto de 2021
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Um estudante de ciências da computação do MIT decidiu em 2014 fazer um airdrop de bitcoin. A idea era dar a cada aluno de graduação do Instituto de Tecnologia de Massachusetts US$ 100 em bitcoin.

Sete meses depois – munido de meio milhão de dólares em doações de ex-alunos e entusiastas do bitcoin – Rubin se ofereceu para fazer exatamente isso, e 3.108 estudantes o aceitaram.

Na época, 1 bitcoin custava US$ 336, bem menos que os US$ 40 mil atuais. Se todos os destinatários desse bitcoin grátis tivessem guardado seus bitcoins, o coletivo “MIT Airdrop” estaria US$ 44,1 milhões mais rico pelos preços de hoje.

Muitos sacaram seus bitcoins

Nem todo mundo ficou mais rico, no entanto. Segundo os pesquisadores que rastrearam o destino desses bitcoins, 1 em cada 10 sacou nas primeiras duas semanas. Ao final do experimento em 2017, 1 em cada 4 havia sacado.

Uma das pessoas que sacou seus recursos foi Van Phu, agora engenheiro de software e cofundador da exchange Floating Point Group. “Uma das piores coisas e uma das melhores coisas do MIT é este restaurante chamado Thelonious Monkfish”, disse Phu à CNBC. “Eu gastei muito dos meus crypto comprando sushi.”

O trader quant Sam Trabucco, que também participou do experimento, estimou que metade das pessoas que ele conhecia gastava seus saques comprando nesse restaurante.
“Era o único restaurante em Cambridge que aceitava bitcoin na época, e era um local bastante popular”, disse ele. Desde então, o restaurante mudou de nome e retirou sua política de pagamento de bitcoin.

O airdrop do MIT

Jeremy Rubin decidiu distribuir os bitcoins em meio a uma disputa judicial do procurador-geral de Nova Jersey, que o acusava de ser um “criminoso cibernético radical” que estava “instalando malware nos computadores das pessoas”. À época, Rubin havia lançado um programa de mineração de bitcoins chamado Tidbit. O projeto tinha acabado de ganhar um prêmio de inovação em um hackathon local conhecido como Node Knockout, e Rubin, então CEO do laboratório de P&D de bitcoin Judica, estava orgulhoso do seu projeto.

A ideia, segundo ele, era divulgar mais o bitcoin e espalhar sua tecnologia.


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