4 projetos de tokenização de ativos do mundo real

Security tokens são hoje uma opção real para o investidor que busca o mercado de criptoativos para investimentos com lastro em ativos físicos

Por Redação  /  10 de abril de 2020
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A exchange brasileira Mercado Bitcoin anunciou recentemente que vai vender frações de direitos de jogadores de futebol em forma de tokens criptografados, processo conhecido como tokenização. E o mercado tem outros projetos de venda de tokens que representam ativos físicos (security tokens), sejam eles carros colecionáveis, obras de arte, imóveis e outros. A tokenização é, portanto, uma alternativa real para o investidor que busca investir no mercado de criptoativos, com lastro em ativos do mundo físico.

A tokenização é o processo de conversão de algum ativo (ações, imóveis, etc) em centenas ou milhares de tokens criptografados, que podem ser movidos, gravados ou armazenados em um sistema blockchain. Esses tokens representam uma fração do valor daquele ativo no mercado. À medida que os ativos se valorizam, os tokens acompanham a valorização. Além disso, se o ativo for vendido com lucro, a proporção equivalente em tokens é destruída e essa queima faz com que o valor individual de um token aumente.

Veja alguns dos projetos de tokenização do mercado e como eles entregam retorno ao investidor:

imoveis
Tokens de imóveis localizados pelo mundo

Imóveis são vistos historicamente como instrumentos de reserva de valor. A Dynasty, fundada pelo brasileiro Eduardo Carvalho, lançou um token de pagamento regulado, de aceitação mundial, lastreado por imóveis espalhados em quase todos os continentes, sendo os principais América do Sul, América do Norte, Europa e Ásia.  A empresa encerrou recentemente sua oferta privada para investidores qualificados no Brasil e fará um road show pela Europa com o mesmo objetivo. Inicialmente, a empresa emitiu 1 milhão de tokens com valor unitário de 50 francos suíços.

Investir em carros de luxo é possível

A plataforma CurioInvest permite que você seja dono de uma fatia de um carro de luxo e faça parte de um seleto clube de investidores que compra e vende carros colecionáveis como ativo de investimento. A compra de pedaços desses carros se dá por meio da aquisição de security tokens, cujo preço varia de acordo com a “cotação” desses carros no mercado. Os recursos são usados para comprar de fato o carro para futura revenda. Os detentores dos tokens ganham o direito de receber os lucros da revenda do veículo. O investidor pode diversificar seus investimentos comprando tokens de diferentes carros de luxo.

obra de arte
Obras de arte: bom para os autores e compradores

Obras de arte são consideradas um dos investimentos mais seguros do mercado. Um dos mais representativos tokens do mercado de arte é o The Art Token (TAT). Cada token TAT é lastreado por obras de arte renomadas do pós-guerra e contemporânea. Esse gênero de arte tem o desempenho mais estável nos últimos 50 anos e oferece um grande potencial de retorno. As obras de arte são armazenadas fisicamente em um depósito protegido pelo governo. E todas as obras de arte são 100% seguradas através de companhias de seguros internacionais. O comprador, por sua vez, não tem nenhum custo com esse armazenamento e seguro.

Tokenização de ouro também é uma realidade

O ouro também é visto historicamente como a principal reserva de valor da humanidade. A Digix tem um token criptografado lastreado em ouro físico. Com ele, investidores podem aplicar nesse que é um dos ativos em que as pessoas mais recorrem em tempos de crise sistêmica. As barras de ouro físicas podem ser verificadas pelo público por meio da blockchain. Os cofres estão localizados em Cingapura e Canadá e são totalmente segurados.

Para comprar esses tokens lastreados em ativos do mundo físico, normalmente o processo inclui buscar em qual exchange o token está listado, fazer uma inscrição e trocar bitcoin ou outro criptoativo, como uma stablecoin, por ele. Normalmente também é possível fazer esse processo baixando uma wallet desenvolvida pelo emissor. Vale lembrar que os riscos desses investimentos são os mesmos do mundo real e que retornos passados não garantem valorização futura.